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Sobre os Galaxy M16, Galaxy M36 e Galaxy M56

A Samsung apresentou, nas últimas semanas, os 3 novos membros da família Galaxy M de 2025, e eu vou deixar minhas considerações sobre eles.

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Sobre o Galaxy M16, já tinha comentado sobre ele aqui, mas basicamente ele não é muito mais empolgante do que o Galaxy M15, já que basicamente manteve o mesmo chipset, só com um leve overclock, que é o Mediatek Dimensity 6300. O problema é que esse chipset também está sendo usado no Galaxy A06 5G, e daí fica complicado defender o M16, que já desanima por ter a bateria menor do que o antecessor. As únicas diferenças são o tamanho um pouco maior e a moldura nas câmeras. O Galaxy F16 é basicamente o mesmo aparelho, onde só a traseira muda, ficando mais estilosa.

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O Galaxy M36, de todos, é o que mais decepcionou. Ele basicamente piorou tudo com relação ao Galaxy M35, já que voltou a usar o ultrapassado notch em U, as câmeras ganharam molduras, e também perdeu bateria, além das câmeras ainda serem as mesmas. Eu o considero um relançamento do Galaxy A26 vendido lá fora, já que manteve o mesmo Exynos 1380, tem o visual parecido, mas ao menos, tem som estéreo, embora não tenha NFC, o que também é um ponto negativo. E o Galaxy F36 é basicamente o mesmo aparelho, apenas com outras opções de cores.

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O Galaxy M56, embora também não empolgue, é o menos pior da família. O chipset é o Exynos 1480, que embora seja uma solução conservadora, ao menos o deixa mais próximo do Galaxy M54, e resolve o grande problema do antecessor. Melhorou a câmera frontal, mas o resto ainda deixa o Galaxy A55 como uma escolha mais acertada. Decepciona ainda não ter áudio estéreo, que até o M36 tem. O Galaxy F56 é basicamente o mesmo aparelho, mas chamou a atenção a moldura da câmera traseira ser levemente maior, embora a traseira só seja diferente nas opções de cores, mesmo.

No fim, o saldo é bastante negativo, principalmente porque os 3 perderam o grande atrativo da bateria, que era o que mais agradava nos Galaxy M. Os três lançamentos de 2025 escancaram mais a ideia preguiçosa da Samsung de reutilizar componentes utilizados nos Galaxy A do ano anterior, só pra inundar o mercado indiano com mais aparelhos, uma prática que sempre foi bastante questionável.

Chama a atenção que não há previsão deles virem para o Brasil, mas sabendo que são decepcionantes, é até melhor que não venham, mesmo.

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Galaxy Book5 já está à venda em vários países

Sem alarde ou release para a imprensa, a Samsung já está vendendo o modelo básico da linha Galaxy Book5, o NP750XHD, em países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Hong Kong e Coreia do Sul.

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Como você viu na imagem, a principal novidade do modelo básico é que ele também está utilizando processadores Intel Core Ultra (semelhante aos modelos 360, Pro e Pro 360), e não mais o Intel Core básico (como os Galaxy Book4 do modelo NP750XGK, que ainda não foram lançados no Brasil, conforme comentei aqui), uma decisão que achei curiosa por parte da sul-coreana, e não sei se foi necessariamente uma boa ideia em termos de posicionamento do produto.

Os Galaxy Book5 utilizarão ou o Intel Core Ultra 5-225U ou o Intel Core Ultra 7-255U, o que ainda os diferencia dos modelos mais caros, mas ao menos, já dá a eles o benefício dos núcleos de performance atingindo um clock alto, e a NPU, para usar os recursos de inteligência artificial.

Outra mudança importante é a bateria, que finalmente cresceu depois de 4 gerações lá fora (e 2 aqui no Brasil), saltando de 54Wh para 61.2Wh (possivelmente graças ao Galaxy Book4 Edge de 15.6 polegadas, que também tem essa capacidade). Só que, infelizmente, o carregador ainda é de 45W (assim como os antecessores sem GPU dedicada, mas já poderiam colocar os de 65W nesse, e nos próximos com GPU dedicada já colocar uns 90W).

Com exceção da RAM, que agora é LPDDR5x de 7.467MHz (contra o LPDDR4x de 4266MHz dos antecessores) e da webcam (que finalmente é 1080p, contra os 720p dos antecessores), o resto continua igual: mesmo acabamento em metal, mesma tela LCD IPS de 15.6 polegadas 1080p, com taxa de atualização de 60Hz (já poderia ser, pelo menos, 90 Hz...) e proporção de 16:9 (já poderia ser 16:10...), mesmas opções de USB-A, USB-C (ainda sem Thunderbolt 4, infelizmente), HDMI (ainda na versão 2.1) e Ethernet (a Samsung só reorganizou o posicionamento, como mostra a imagem abaixo), o Bluetooth ainda está na versão 5.2 (já poderia ser 5.4, como o Book4 Edge com Snapdragon X), o Wi-Fi ainda está na versão 6 (já poderia ser, pelo menos, o 6e, embora já tenha o 7), e as cores ainda são as mesmas cinza e prata das gerações anteriores (penso que a Samsung já poderia retomar o preto ou um azul escuro no lugar do cinza, como já teve na década passada).

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As dimensões estão ligeiramente maiores em altura e espessura, mas nada muito diferente dos antecessores. Só chamou a atenção o logo da Samsung novamente escrito de forma discreta na moldura da tela, como foi na linha Galaxy Book2, e que apesar de gostar, não acho uma boa ideia, porque você acaba não vendo a marca se a iluminação do ambiente estiver mais baixa.

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Acho que, na próxima geração, pra não ficar muito pra trás da concorrência, a Samsung já vai precisar mexer mais em design (talvez trazendo os alto-falantes para a parte de cima, e voltando com o botão POWER separado do teclado) e tela (como disse, pelo menos 16:10), e talvez rever o teclado no formato lattice (que divide opiniões por ser muito raso) porque 5 gerações com a mesma tela, design e teclado já começa a cansar um pouco.

Por fim, ainda acho que cabe espaço pra Samsung trazer um Galaxy Book com as mesmas características do nosso Galaxy Book2 (o NP550XED), com acabamento em plástico, processador Intel Core básico (principalmente por este lançado agora não ter uma opção com Intel Core 3 até o momento) e RAMs DDR5 removíveis (mesmo que seja mais lento, mas essa história de RAM soldada não está pegando bem), porque o modelo com Intel Core Ultra mais barato já custa US$ 899 (+/- R$ 5000, sem impostos), e aí fica complicado lidar com a concorrência, com modelos interessantes na faixa dos US$ 499 a US$ 699.

No momento, sem previsão de lançamento no Brasil.

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Usando um Galaxy Watch4 em 2025

Publicado em 04/07/2025 no Samsung Members
Atualizado em 19/07/2025


Você ainda usa um Galaxy Watch4? Deixe nos comentários a sua experiência.

Minha mãe me emprestou o Galaxy Watch4 40mm Wi-Fi (SM-R860) dela pra eu poder acompanhar os meus batimentos cardíacos e a minha pressão sanguínea, e conto abaixo um pouco do que estou achando dele.

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DESIGN E USABILIDADE: O design dele é um ponto forte, mas as pulseiras me incomodaram. Além de esperar mais da qualidade delas, não consigo ficar muito tempo com elas sem que comece a me dar alergia. E mesmo meu braço não sendo muito grande, ele está prendendo no limite, o que não me agradou.

TELA: Qualidade muito boa, mas esperava mais do Gorilla Glass DX+. Dei umas unhadas na tela por acidente, e marcou com mais facilidade do que deveria.

FUNCIONALIDADES: Eu o uso o mais offline possível, porque funções como notificações do smartphone e clima não me interessam ver nele, então Wi-Fi e Bluetooth ficam basicamente desligados. Mas as funções relacionadas ao Samsung Health, como batimentos, pressão sanguínea, ECG e estresse são bastante interessante. O da pressão sanguínea funcionou bem na maioria das vezes, mas durante a noite, ele oscilou bastante com relação a um medidor próprio que tenho aqui em casa. As funções de exercícios são interessantes, especialmente caminhada, esteira e bicicleta ergométrica, mas as uso mais pra acompanhar os batimentos cardíacos. Acho chato que a função de caminhada sempre exija que a localização esteja ativada, mesmo eu rejeitando uma vez.

ONE UI WATCH: A minha está na versão 6, e achei zuado a Samsung ter pulado a versão 5. O patch é o de Maio de 2025, e acho que em suporte, ele já deve estar quase no fim. Gostei das watch faces oferecidas pela Samsung, mas nenhuma me deixou 100% satisfeito. O "painel básico" achei legal pra economizar bateria, mas poderiam ser ícones ao invés de texto, e poderiam ter mais formatos para a data. O "painel de informações ultra" é o mais interessante pelo relógio ter os segundos, mas me incomoda não poder definir apenas 1 informação extra na borda, que seria o medidor de bateria (o mesmo problema do "painel digital", que eu também gostava). Gostei do atalho interativo do medidor de estresse e das fases da lua. Até instalei duas opções de watch face da Play Store, mas por elas não suportarem os atalhos para pressão sanguínea e ECG, acabei desistindo deles. Uma coisa que me incomodou é não poder desativar apps como Samsung Pay, Bixby e Google Maps. Só consegui desativar o Google Mensagens.

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BATERIA: Não me surpreendeu, mesmo com a Economia de energia ativada. Com o "painel básico", durava 1 dia e meio ou um pouco mais. Com o "painel de informações ultra", dura pouco mais de 1 dia. Ao menos, o carregamento não é demorado.

Por fim, o saldo foi positivo, principalmente porque há tempos não usava nenhum relógio. Talvez, futuramente eu pegue, pelo menos, um Galaxy Watch7, mas vou optar pela opção de 44mm.

Galaxy Book5: Lançamento do modelo básico está próximo

Publicado em 03/07/2025 no Samsung Members
Atualizado em 03/07/2025


Enquanto aqui no Brasil, estranhamente até os Galaxy Book4 estão mais caros, lá fora, já tem mais informações sobre o modelo básico da família Galaxy Book5.

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Fonte da imagem: Samsung Newsroom BR

Comentei recentemente aqui sobre o modelo básico ter sido homologado pela Bluetooth SIG, e também sobre o Galaxy Book5 Pro e Galaxy Book5 360 brasileiros já terem drivers no Samsung Update.

Mas agora, o modelo básico da linha já está ganhando página de suporte mundo afora.

A imagem abaixo é do site da Samsung na Itália, e duas informações me chamaram a atenção.

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A primeira é que ele utilizará processador Intel Core Ultra. Não faz muito sentido o modelo básico da linha utilizar um processador tão potente, e provavelmente isso deve encarecer bastante o produto.

O segundo é que finalmente teremos opções com 32 GB de RAM. Seria legal se já fosse DDR5 e fossem módulos removíveis, mas as chances disso acontecer são baixas, infelizmente.

Ainda sobre o processador, o site da EnergyStar dá mais detalhes do mesmo, indicando que a opção com Intel Core Ultra 7 será o 255U, diferente do 256V utilizado nos outros:

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Por fim, o manual do Galaxy Book5 básico também já está disponível na página de suporte do Reino Unido, e ao menos, quanto ao design, teremos uma mudança: agora os dois USB-A ficarão de um lado, e os dois USB-C do outro. Felizmente, ainda conta com porta LAN.

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Provavelmente a opção básica deve ser lançada ainda esse mês, embora aqui no Brasil acho difícil ser lançado ainda no 3º trimestre.

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Galaxy A21s, Galaxy M51 e Galaxy Tab A7 oficialmente descontinuados e mais

Publicado em 20/06/2025 no Samsung Members
Atualizado em 20/06/2025


Há aparelhos que, embora já não recebam mais atualizações do Android, ainda recebem patches de forma trimestral ou semestral.

Não é mais o caso dos Galaxy A21s, Galaxy M51 e Galaxy Tab A7, já que o último patch deles veio há mais de 1 ano.

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O que ambos tem em comum: foram lançados com Android 10, e pararam no Android 12.

O Galaxy A21s chama a atenção até hoje pelo seu notch em furo no lado esquerdo, que curiosamente seus sucessores não repetiram, retrocedendo pro formato de gota.

E o Galaxy M51 ainda é bastante lembrado pela sua generosa bateria de 7000 mAh, apesar de ter vindo com a One UI Core, o que gerou uma polêmica com relação a Pasta Segura, que ele só ganhou suporte em atualizações posteriores.

O caso do Galaxy Tab A7 eu considero mais lamentável, se considerar que o Galaxy Tab A7 Lite, modelo inferior, recebeu 3 atualizações do Android, enquanto o Tab A7 só recebeu 2.

Se você tiver curiosidade de saber se o seu aparelho está com os patches em dia ou se já foi descontinuado, eu fiz um levantamento e organizei as informações aqui.

Deixe nos comentários se você tem ou já teve algum desses dispositivos.

Galaxy Book5 Pro: Modelo brasileiro aparece no Samsung Update

Publicado em 23/05/2025 no Samsung Members
Atualizado em 26/05/2025


Meses após o lançamento do Galaxy Book5 Pro no exterior, só agora que indícios da existência da versão brasileira do modelo apareceram.

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Segundo o Samsung Update, já estão disponíveis para baixar os drivers para as variantes NP940XHA-LG1BR e NP940XHA-LG2BR.

Captura de tela 2025-05-23 083253.png

Nesse caso, estamos falando do modelo de 14 polegadas, sendo que o primeiro deve vir com processador Intel Core Ultra 5-226V e Intel Arc Graphics 130V, e o segundo deve vir com Intel Core Ultra 7-256V e Intel Arc Graphics 140V.

Estranho as variantes serem "LG1BR" e não "KG1BR", como na geração anterior, embora em minhas pesquisas, na prática, a mudança não significa muita coisa.

Quanto ao modelo em si, eu acho que a Samsung Brasil deveria ter optado pela versão com 16 polegadas, já que fora o processador, o modelo de 14 polegadas não tem mudanças significativas em relação ao Galaxy Book4 Pro que já temos por aqui (incluindo a cor, que deve ser a mesma), enquanto o modelo de 16 polegadas ocuparia o lugar do já antigo Galaxy Book2 Pro, que ainda não tem sucessor no Brasil.

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Samsung lança Galaxy A16 5G em mais um país, mas com outro nome

Publicado em 15/05/2025 no Samsung Members
Atualizado em 15/05/2025

Enquanto o Galaxy A16 5G já está no mercado global e nacional há meses, só agora que ele foi lançado na terra natal da Samsung. Contudo, não do mesmo jeito que no resto do mundo.

A começar pelo nome, que é bem diferente: Galaxy Buddy4.

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Lembrando que essa linha "Galaxy Buddy" é fruto de uma lançada em parceria da Samsung com a operadora sul-coreana LG U+ (sim, a LG tem uma operadora própria), que nessa quarta geração, acertou no fato de que o aparelho utilizado é realmente sucessor do aparelho utilizado na geração anterior (que foi justamente o A15 5G).

Com relação ao A16 5G vendido no Brasil, o Galaxy Buddy4 tem algumas diferenças: vem numa única opção com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, e o chipset supostamente é o Mediatek Dimensity 6300, apesar da Samsung não especificar claramente no seu site. Curiosamente, no site da operadora, é citado que o chipset é o MT6737V, mas provavelmente é um erro, já que essa numeração se refere ao Mediatek Helio G99 (que é o chipset do A16 4G), sendo que o Dimensity 6300 é o MT6835.

De resto, segue com a mesma tela, câmeras e bateria. Só nas cores, que ao invés do verde que temos aqui, lá é vendido na cor dourada, além do preto e do branco.

Por fim, vale mencionar que lá na Coreia do Sul o A16 4G já estava a venda há meses, tanto desbloqueado quanto vinculado a operadoras, incluindo uma opção da própria LG U+, mas sem mudança no nome do aparelho.

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Galaxy Book4 com Linux no Brasil?

Publicado em 07/05/2025 no Samsung Members
Atualizado em 07/05/2025

Enquanto lá fora a família Galaxy Book já está com a 5ª geração quase completa, aqui no Brasil, estagnamos na 4ª geração, e apesar de já termos bastante Galaxy Book4 básico por aqui, parece que ainda vem mais.

O que chama a atenção desta vez é que, ao invés de vir com Windows, parece que agora vem com Linux.

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Segundo o Samsung Update, duas novas variantes já tem drivers para baixar, mas o número do modelo agora é diferente: NP754XGR-BG1BR e NP754XGR-BG2BR.

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Já tinha comentado aqui de outras variantes brasileiras do Galaxy Book4 que apareceram no Samsung Update e ainda não foram lançadas.

O caso agora é que, como já tinha comentado anteriormente, os modelos não são NP754XGJ, mas NP754XGR, o que reforça a possibilidade desses modelos virem com Linux.

E o fato de ser NP754 e não NP750 indica que essas opções só estarão disponíveis para o mercado B2B (eventualmente algum marketplace deve pegar para vender, ou deve aparecer na Clube Samsung Shop).

Só estranhei ser BG1BR e não AG1BR, como normalmente vieram os Galaxy Book4 com Linux em outros países.

Mas pra quem gosta de Linux e gostou da ideia, recomendo não ficar muito empolgado.

Como já comentei aqui, a distro Linux que a Samsung costuma colocar nos seus notebooks não é nada muito interessante, sendo mais um convite para a pessoa formatar e colocar o Windows.

Mas a verdade é que, aqui no Brasil, a Samsung andou meio devagar com notebooks no 1º semestre de 2025 (basicamente só lançou o Galaxy Book4 Edge de 15.6 polegadas, como comentei aqui), e as duas variantes do Galaxy Book4 que apareceram agora se juntam a outras 14 que ainda seguem sem previsão de lançamento, incluindo os NP750XGK, com Intel Core da Série 1.

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Unboxing e Primeiras Impressões do Galaxy Tab A9+ 5G com 8 GB de RAM

Publicado em 18/12/2024 no Samsung Members
Atualizado em 17/04/2025


Eu comprei um Galaxy Tab A9+ 5G no dia 08/11/2024, e chegou pra mim dia 19/11. Mas a versão que comprei é um pouco diferente, já que é uma versão que infelizmente não tem no Brasil.

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Pra contextualizar, estava buscando um tablet para substituir o meu já cansado Galaxy Tab S5e (comentei sobre ele aqui) e inicialmente queria pegar o Galaxy Tab S6, mas depois conclui que o Galaxy Tab S7 seria mais interessante.

Contudo, não estava achando nenhum dos dois com preço ok, e a ideia de pegá-los já usado e ter que lidar com OLX ou Mercado Livre não estava me empolgando, já que a experiência que tive com o Tab S5e foi um pouco problemática, então desisti.

Daí verifiquei o Tab S9 FE, e ele parecia ser um sucessor bacana pro Tab S5e. Mas três coisas me chatearam nele: estar por mais de R$ 2000 mesmo em promoção, só ter 2 saídas de som (contra 4 do meu Tab S5e), e a versão brasileira só ter 6 GB de RAM, que embora ainda seja legal para um smartphone básico, para um tablet já pode ser um problema.

O Tab A9+ não estava nos meus planos, já que no Brasil, oficialmente só tem a versão com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento na cor grafite, pontos que já me atrapalhavam no meu Tab S5e.

Mas vi que ele tinha quatro saídas de som, Modo DeX e conector magnético para plugar capa teclado (embora a capa teclado dele só foi vendida em poucos países, como comentei aqui), e lá fora teve versões com mais RAM e armazenamento, o que chamou a minha atenção.

Eis que descobri um vendedor vendendo justamente o Tab A9+ com 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, e embora não estivesse com preço incrível, por saber que era importado, também não achei um preço exagerado pela "raridade", e então decidi comprá-lo.

Comprei na cor azul escuro, e descobri que ele veio do Irã, além de não vir com carregador, apenas o cabo USB-C.

Abaixo seguem mais fotos dele:

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Passado algumas semanas que comprei o Galaxy Tab A9+ com 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, comentarei as minhas primeiras impressões da experiência que venho tendo com ele.

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DESIGN E ACABAMENTO: É um pouco mais pesado do que gostaria, mas gostei que a traseira é em metal. As bordas poderiam ser mais finas, mas não me desagradaram. Mas não gostei de tanto a traseira quanto a tela sujarem com marcas de dedos com extrema facilidade. Colocar película de vidro, película traseira (essa tive que importar) e capinha é obrigatório; o conector para fone de ouvido em uma das quinas chama a atenção, mas poderia estar posicionado no topo, mesmo;

TELA: Apesar do LCD não vir com IPS ou PLS, não achei a tela ruim, até por não ser muito exigente nesse aspecto;

SOM: Ok, não me surpreendeu, mas faz o seu papel, principalmente por ter 4 saídas de som;

CÂMERAS: Ponto fraco dele. A câmera traseira tem dificuldades para ler QR Codes, e a frontal é só quebra-galho para videochamadas, mesmo;

BATERIA: Também não me surpreendeu muito. Em uso básico, pode aguentar uns 3 a 4 dias fora da tomada, mas esperava mais. A tela em 90Hz e o fato de ser LCD devem contribuir para um consumo maior.

ANDROID E ONE UI: Estou mantendo ele na One UI 5.1.1, e comparando com o meu antigo Tab S5e, não perde muito em recursos. Basicamente perdeu o DeX sem fio e o Music Share, além das configurações de coloração da tela (por não ser AMOLED) e do suporte oficial ao Good Lock (mas uso o Fine Lock, e o Theme Park também funcionou), mas o resto está tudo lá.

DESEMPENHO: Nada a reclamar nesse aspecto, principalmente pelos 8 GB de RAM e ainda com o RAM Plus, além do armazenamento em UFS 2.2.

EXTRAS: Consegui usar um adaptador OTG nele sem problemas, inclusive com mouse direto, sendo que no Tab S5e, pra usar um mouse com fio, tinha que conectá-lo em um hub.

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Ainda gostaria de aproveitar o conector magnético dele com a capa teclado, mas infelizmente ela não é vendida oficialmente no Brasil. Comentarei mais sobre isso em uma futura postagem.

Deixe nos comentários o que você acha do Galaxy Tab A9+ e, se você tiver um, compartilhe também a sua experiência com ele.

Sucessores dos Galaxy XCover7 e Galaxy Tab Active5 são anunciados oficialmente

Publicado em 15/04/2025 no Samsung Members
Atualizado em 15/04/2025


Enquanto aqui no Brasil, já nem se acha o Galaxy XCover7 pra comprar, e o Galaxy Tab Active5 ainda segue caro, no exterior, a Samsung acaba de anunciar edições mais interessantes de ambos.

Estou falando do Galaxy XCover7 Pro e do Galaxy Tab Active5 Pro.

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Ambos trocam o Snapdragon 778G dos antecessores pelo Snapdragon 7s Gen3, que já traz núcleos ARM Cortex A720 e A520, semelhante ao que vimos no Exynos 1580 do Galaxy A56 e dos futuros Galaxy Tab S10 FE e FE+. E ambos tem proteção IP68, tela com Gorilla Glass Victus+ e certificação militar, como já era esperado. Além de já virem com Android 15 e a One UI 7.

O Galaxy XCover7 Pro agora tem áudio estéreo e bateria levemente maior, de 4350 mAh (não evoluiu muito com relação aos 4050 mAh do XCover6 Pro e até do XCover Pro, que tivemos no Brasil), mas infelizmente manteve os 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento do antecessor (o que considero um tremendo equívoco, além disso não o distanciá-lo tanto do modelo não-Pro), e as mesmas tela (LCD IPS de 6.6 polegadas) e câmeras (principal de 50 MP, ultrawide de 8 MP e frontal de 13 MP). Interessante ele ainda ser da 7ª geração da linha Galaxy XCover (tanto que segue o mesmo design do modelo não-Pro, apenas adicionando a segunda câmera e o botão adicional no topo), sendo que rumores indicavam que ele já seria lançado como se fosse da 8ª (seguindo a mesma lógica aplicada com o XCover5 e o XCover6 Pro).

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O Galaxy Tab Active5 Pro manteve as mesmas dimensões e tela de 10.1 polegadas LCD IPS, mas agora vem com taxa de atualização de 120 Hz. Manteve também a opção com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento do antecessor, mas este ao menos tem uma opção com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, que seria legal ver também no Galaxy XCover7 Pro futuramente. A bateria, por sua vez, melhorou bastante, passando dos 7600 mAh do antecessor para interessantes 10100 mAh. A câmera traseira perdeu 1 MP de resolução em relação ao antecessor, indo para 12 MP, mas supõe-se que o sensor seja superior. A frontal, por sua vez, continua com 8 MP.

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À princípio, eles serão comercializados apenas na Europa e Estados Unidos. Infelizmente, é improvável que ambos sejam lançados no Brasil.

Pra mais informações, o release oficial detalhado do anúncio está no link abaixo:

https://news.samsung.com/global/samsung-introduces-galaxy-xcover7-pro-and-galaxy-tab-active5-pro-rug...

O que você achou dos novos lançamentos robustos da Samsung? Deixe nos comentários.

Minha experiência com o Nokia 5.3 e minhas considerações sobre a HMD Global

Publicado em 12/04/2025


Já tive celulares e smartphones da Nokia na década passada, todos com experiências interessantes, mas depois que passei a utilizar o Android, nunca mais tinha experimentado algo com essa marca, que tinha bastante relevância nas décadas de 1990 e 2000, mas a perdeu na década de 2010, graças a fatores como a ascensão do sistema operacional móvel da Google, o fracasso do Symbian, a gradual queda no interesse por dumb phones com S30 e feature phones com S40, a aposta errada no Windows Phone e ao descarte de iniciativas que pareciam promissoras, como o MeeGo (que acabou se dividindo em outras duas iniciativas, uma da Jolla - o Sailfish OS - e outra da Samsung - o Tizen OS, mas nenhuma das duas prosperou no ramo de smartphones, sendo que a segunda ainda sobrevive graças as Smart TVs, já que até nos smartwatches, o Android acabou se sobrepondo, e a primeira, apesar de ainda existir, é como se não existisse, de tão irrelevante que o projeto se encontra atualmente).
A marca Nokia sumiu dos smartphones em 2014 (quando a Microsoft, que adquiriu a divisão mobile da empresa finlandesa dois anos antes, decidiu estampar a sua própria marca na linha de smartphones dela, o que logo provou ter sido uma péssima decisão, que juntamente de outras, culminou no fim do Windows para dispositivos móveis em 2020), e excluindo um lançamento restrito de um tablet em 2015 (em parceria com a Foxconn, que também promovia uma launcher desenvolvida pela finlandesa, que tinha uma proposta interessante, mas não prosperou) e o lançamento de alguns feature phones com a marca Nokia ainda por parte da Microsoft entre 2014 e 2016 (a Microsoft até ensaiou lançar aparelhos dessa categoria com a marca dela, mas a iniciativa ficou só nos protótipos), só voltou pra valer em 2017, desta vez sob responsabilidade da HMD Global, empresa finlandesa formada por vários ex-funcionários da divisão móvel da Nokia Corporation, que nesta oportunidade, abraçou de vez o Android (numa parceria bem estreita com a Google; lembrando que, anos antes, quase na mesma época em que foi adquirida pela Microsoft, a Nokia chegou a lançar alguns aparelhos que utilizaram o Android, mas numa estratégia bastante equivocada, que não destacava a plataforma do Google, e nem vinha com os serviços dela - incluindo a Play Store, o que prejudicou demais a experiência de uso, e culminou com o fracasso da iniciativa - que aparentemente foi proposital, já que esses aparelhos já tinham bastante influência da Microsoft, que obviamente queria promover a sua própria plataforma móvel nos aparelhos da finlandesa) mas ainda apostava em dumb phones e feature phones (continuando de onde a Microsoft parou, embora a sua abordagem visou ser mais nostalgista, resgatando modelos clássicos em uma nova roupagem).
De 2017 a 2019, a iniciativa parecia estar indo bem, com smartphones bastante interessantes, bom suporte em termos de atualizações de software e boa presença em países da Europa, Ásia, África e América do Norte, além dos feature phones lançados chamarem bastante a atenção.

Só que curiosamente o Brasil, um dos países onde celulares da Nokia mais fizeram sucesso nos anos 2000, não recebia os smartphones da marca por parte da HMD Global.

Isso mudou em 2020, quando finalmente foi anunciada uma parceria da HMD Global com a fabricante brasileira Multilaser (atualmente apenas Multi) para montagem, distribuição e suporte aos smartphones da marca Nokia no Brasil, o que resultou na vinda do Nokia 2.3, em Março de 2020, o que rapidamente mostrou já ter sido um começo "com o pé esquerdo".
Primeiro que a Multilaser já não tinha uma boa fama junto aos brasileiros devido a anos de comercialização de produtos de qualidade duvidosa, e segundo, porque o Nokia 2.3 era um péssimo chamariz, por ser um smartphone com especificações e desempenho fraco até para a categoria da qual ele pertencia, e consequentemente, um custo-benefício bastante questionável.
Resultado: o retorno da marca Nokia no Brasil não saiu como o esperado, e o Nokia 2.3 acabou deixando uma má impressão, que os aparelhos seguintes não apagaram totalmente, já que depois, em Outubro, vieram o Nokia 5.3, Nokia C2 e Nokia 110, e enquanto o primeiro tenha chamado mais a atenção, ainda não era aquela coisa, e os outros dois passaram sem muito destaque, e daí o saldo ainda continuava negativo.
Pra piorar, ainda em Março de 2020, foi decretada a pandemia do COVID-19, o que afetou duramente as operações da HMD, e consequentemente, o seu trabalho com os aparelhos.

Aliás, considero que 2020 foi o ano em que a própria HMD Global começou a desandar.

De lá pra cá, tudo piorou: a qualidade dos aparelhos lançados, o suporte a patches mensais de segurança (já que, pra "ajudar", a maioria dos aparelhos da HMD faziam parte do programa Android One, que exigia o cumprimento de 2 anos de atualizações do Android e 3 anos de patches de segurança mensais, além de que todos os aparelhos e atualizações lançadas passavam pela aprovação da própria Google, o que certamente era um dos motivos dos aparelhos serem mais caros) e as atualizações do Android (antes referência na distribuição das atualizações, sendo que os aparelhos da Nokia eram um dos primeiros a receberem novas versões, pouco tempo após os Pixel, da própria Google, os cronogramas deixaram de ser divulgados, e os aparelhos passaram a demorar a receber atualizações, mesmo com o Android "puro" e aprovado pela Google).

Tanto que depois de 2020, o número de feature phones e smartphones básicos com Android Go aumentou muito, enquanto os com Android One diminuíram.
Pra se ter uma ideia, o Nokia 1, de 2018, primeiro smartphone dela com Android Go, recebeu 2 atualizações do Android, coisa que nenhuma outra concorrente fazia. O mesmo aconteceu com o Nokia 1 Plus, de 2019.

Com o Nokia 1.3, lançado em 2020 (e que não veio para o Brasil) e o Nokia 1.4, em 2021, a quantidade de atualizações diminuiu, para apenas 1, o que ainda era muito perto da concorrência com Android Go, mas já indicava que algo estava errado.

Aí quando ela lançou a linha Nokia C, com os Nokia C1 e Nokia C2 em 2019, e o Nokia C3, em 2020, a HMD já começou a mostrar o panorama que se seguiria nos próximos anos: nenhuma atualização do Android, e um foco maior nessa linha do que nas outras, com mais lançamentos.

Vale destacar ainda a aposta errada que a HMD Global fez, em 2019, com o Nokia 9 Pureview, que era pra ser o carro-chefe da marca, com especificações top de linha, mas falhou justamente no que mais prometia: as câmeras.
Além do desempenho fraco delas se comparado a concorrência e do design de gosto duvidoso, elas foram mal projetadas, o que atrapalhou até as atualizações do Android. Lançado com Android 9, ele já demorou mais do que o normal para receber o Android 10 porque tiveram que readaptar o driver das câmeras, mas o processo foi tão complicado, que a atualização esperada para o Android 11 foi simplesmente cancelada. Um aparelho top com apenas 1 atualização do Android? Obviamente pegou muito mal essa história. Fora que o aparelho não vendeu tanto, o que já deu um baita prejuízo para a HMD, que resolver passar longe de lançar aparelhos com especificações de ponta nos anos seguintes, apostando apenas nos intermediários e de entrada. 

Além dos já mencionados 1.3, 2.3 e 5.3, a HMD ainda trouxe o 8.3, que era o melhor que ela tinha a oferecer em 2020, embora fosse apenas um intermediário premium (e mesmo para essa categoria, ainda ficava para trás com relação a concorrência). E, infelizmente, a HMD não o trouxe para o Brasil, desagradando muitos dos fãs da marca por aqui.
Voltando ao Nokia 5.3, eu comprei um, em Janeiro de 2022, numa compra meio que não planejada, já que a ideia era comprá-lo para o meu irmão, mas no final, como eu estava precisando de smartphone, acabou ficando para mim. E daí, pude experimentar na prática a qualidade dos aparelhos da marca.

O interessante é que, na caixa do aparelho, era informado que a minha unidade havia sido fabricada no começo de Dezembro de 2021, ou seja, era um aparelho de um lote bastante recente.
Ele veio bastante completo, com fone de ouvido (o interessante é que esse fone é bem similar aos que vinham com os Nokia Lumia, embora o formato seja bem desconfortável, e a qualidade é baixa, mesmo para um fone básico) e até uma capinha de silicone transparente. Sobre a capinha, eu a usei pouco, uma vez que optei por providenciar uma capa-carteira. E me deparei com a primeira dificuldade: conseguir acessórios para ele na minha cidade era impossível. Tive que encomendar a capa pela Shopee, e aguardar mais de 30 dias até ela chegar, já que só achei em um vendedor chinês (ao menos, a capinha era muito boa). Com a película foi a mesma coisa, mas no caso, ainda dei um jeito, e optei por adquirir uma película de vidro do Samsung Galaxy A70, que ficou perfeita no Nokia 5.3.

Mesmo usando a capinha, uma coisa que me incomodava bastante era a grande protuberância da moldura da câmera. O receio de riscá-la era muito grande, então optei por protegê-la com uma película de plástico. Não adiantou muito, mas penso que poderia ter sido pior sem ela.

O mesmo para a tampa traseira, que mesmo com a capinha, não passou ilesa de micro-arranhões, e penso que até foi um vacilo de minha parte não ter corrido atrás de uma película traseira (item que passei a dar mais atenção depois dessa experiência).

Eu que estava habituado a utilizar smartphones com o Android bastante customizado, acabei tendo que me acostumar com a experiência mais "crua" do Android Puro, e pra piorar, o Android dos aparelhos da HMD era até mais "cru" do que o normal, já que tinha poucos apps relevantes dela (basicamente só os apps de Câmera e Rádio, o que a imprensa até via como algo positivo, já que a Motorola, que também usava o mesmo Android Puro, já era bem mais incrementado em recursos próprios). Mas como a Google acertou bastante com o Android 11, não foi tão desafiador assim usar um aparelho nessa situação. Mas não consegui substituir perfeitamente apps que me faziam falta, como o Gravador de Voz (ele até vinha no sistema, mas sem uma launcher, ao qual eu tive que baixar, além do app ser bem inferior a soluções da concorrência),um gerenciador de arquivos (também tive que achar uma launcher, já que não queria usar o Files Go da Google), um tocador de música (consegui achar um fork do Samsung Music pra ele, que funcionava bem na maioria das vezes), mas um listador de vídeos eu infelizmente não consegui achar, e tive que me contentar com o Galeria Go, do Google. O equalizador padrão, curiosamente, não funcionava, e eu tive que achar uma opção na Play Store. Ao menos, uma coisa que ele tinha que os Motorola não tinham na época era o suporte ao Miracast, e consequentemente, a transmissão da tela para uma Smart TV sem necessariamente ser chromecast, além de um Gravador de Tela nativo.


A experiência, no geral, era ok, e consegui usá-lo sem maiores problemas por quase 1 ano e meio. Nesse tempo, eu lidava com incômodos como o WhatsApp falhar ao reproduzir mensagens de voz, e as câmeras bastante precárias (elas me chatearam pra valer quando descobri que algumas fotos importantes saíram com qualidade péssima, já que a lente principal tinha dificuldades para focar, e a lente macro era pior do que o normal).

Mas depois de 1 ano, um outra coisa começou a me incomodar no modelo brasileiro: a promessa de patches mensais simplesmente não estava sendo cumprida, e ele já estava justamente há 1 ano sem receber novos patches, além da atualização para o Android 12 estar bastante atrasada.

A HMD também promovia uma comunidade para usuários dos aparelhos Nokia produzidos por ela, mas infelizmente a versão principal era só em Inglês, com apenas poucas versões secundárias para países do sudeste asiático (comunidade essa que simplesmente foi descontinuada alguns anos atrás pra dar lugar a uma comunidade no Discord, cuja experiência é bastante inferior). E eu tinha conta nessa comunidade (que também podia ser acessada pelo app My Device, que vinha com o aparelho, mas que para o Brasil, não era muito útil, já que não tinha uma equipe brasileira cuidando do app, e portanto, qualquer questionamento era respondido em inglês), e descobri que nos outros países, os patches para o Nokia 5.3 continuavam chegando (ainda não mensalmente como o programa Android One previa, mas estavam chegando). 


Achei bastante esquisito, e dando uma pesquisada, descobri um grupo no Telegram que compartilhava os pacotes de atualização OTA dos aparelhos Nokia da HMD, onde basicamente só precisava colocar o celular no modo de recuperação, e acionar o modo adb sideload e fazer o processo de instalação da atualização por cabo USB. Como não gostei das mudanças do Android 12, mas queria deixar o meu 5.3 com o patch mais atual possível, tomei coragem, e fiz o processo no meu 5.3, e mesmo receoso com o procedimento, acabou dando certo. 

Só que, três meses depois de ter feito isso, e como o 5.3 já fora da garantia, eis que o aparelho simplesmente desligou sozinho, e ao ligar, ficou preso na tela de boot. 


Vendo que o aparelho não ia nem pra frente, nem pra trás, decidi restaurar as configurações de fábrica, mas não adiantou muito. Então, resolvi novamente fazer uma atualização manual via adb sideload, e o coloquei no Android 12, mas a princípio, também não resolveu o problema. Como as minhas alternativas de solução via software tinham se esgotado, o aparelho pra mim já estava como perdido. Nessa hora, também lamentei um outro ponto fraco dos aparelhos da Nokia produzidos pela HMD: a ausência de uma ferramenta que pudesse fazer o reparo ou a reinstalação do Android dos aparelhos (no passado, a Nokia tinha várias ferramentas com esse finalidade, sendo as últimas o Nokia Suite e o Nokia Care Suite, que dentro dela, tinha a poderosa ferramenta Phoenix, que me ajudou a instalar manualmente firmwares de vários aparelhos com S40 e Symbian, mas a HMD não tinha nada do tipo para o usuário final, e também não possibilitava o desbloqueio do bootloader para aqueles que desejava colocar uma Custom ROM, o que também desagradava muita gente).

Cheguei em casa, e botei o 5.3 pra carregar, e eis que finalmente ele conseguiu iniciar. Vendo que ele só ficava ligado na tomada, conclui que tinha alguma coisa errada com a bateria. Levei para um colega que mexia com reparo de smartphones, e segundo ele, dando um choque na bateria, o aparelho voltou a funcionar de forma normal, embora o medidor já não chegava mais nos 100% (se eu bem me lembro, já era um problema que estava tendo antes do 5.3 acabar parando).

Vendo que o aparelho já não estava nada confiável, estava com o Android 12 que eu simplesmente não curti, e vendo que os lançamentos e decisões da HMD estavam cada vez piores, não pensei muito, e resolvi passar o aparelho pra frente. Foi um pouco trabalhoso achar um comprador, mesmo vendendo barato o aparelho, mas conseguir achar alguém, e dei adeus ao Nokia 5.3.

Mas não só isso: também repensei a ideia de pegar novos aparelhos Nokia fabricados pela HMD Global, já que até cheguei a considerar a compra de aparelhos como o Nokia X100, o Nokia G300 (ambos exclusivos do mercado norte-americano, e portanto, de importação mais complicada, além de que por não serem do programa Android One, o suporte a atualizações era ainda pior) e o Nokia G50 (que até foi lançado no Brasil, mas não ficou muito tempo no nosso mercado, o que também foi bastante estranho), além de ter achado interessante o Nokia XR20 (aparelho que a HMD fez outra lambança, já que usou o ex-jogador de futebol brasileiro Roberto Carlos como garoto-propaganda, e essas propagandas até apareceram nas redes sociais brasileiras da marca, mas ainda assim a finlandesa deixou claro que o aparelho não viria para o Brasil, mesmo presenteando alguns criadores de conteúdo e fãs brasileiros da marca com ele, o que pegou muito mal).

Eu cheguei a considerar também adquirir um feature phone dela com a plataforma KaiOS para uso secundário, e avaliei modelos como o 6300 4G, o 2720 Flip e o 2760 Flip, mas vendo que a plataforma também não só não estava progredindo, como regrediu, e versões mais recentes deixaram de ter acesso a apps chamarizes, como os da Meta e da Google, em especial, o WhatsApp, também rapidamente repensei a ideia, e ao invés de um feature phone secundário, achei melhor considerar um tablet como aparelho secundário, apesar de que, obviamente, não seria com a marca Nokia.



De 2023 pra cá, como eu previa, o que já estava ruim, só piorou: a quantidade de aparelhos intermediários diminuiu, e os básicos aumentou, e ainda assim, com hardware bastante questionável mesmo para a categoria, além das atualizações do Android e os patches continuarem demorando.

Por fim, a HMD finalmente tomou uma iniciativa bastante extrema: fez um rebranding da sua marca, e gradualmente começou a remover referências a marca Nokia (incluindo o fim da comunidade, que eu comentei), até finalmente decidir que os novos smartphones teriam a marca dela ao invés da Nokia, esta que coincidentemente também atualizou a sua marca, meio que deixando claro que a velha Nokia ficou no passado.

E chegamos na seguinte e atual situação: a HMD ainda lança alguns feature phones com a marca antiga da Nokia, mas agora faz questão de destacar junto a sua marca na embalagem e traseira dos dispositivos (semelhante ao que a Microsoft fez entre 2014 e 2016), mas é questão de tempo para a HMD deixar de fazer isso, uma vez que ela também já tem no seu portfólio feature phones com a sua própria marca, e o licenciamento ainda vigente com a Nokia Corporation deve expirar em 2026, sendo que certamente não será renovado. Smartphones e tablets, por sua vez, agora são totalmente com a marca da HMD (e ela inclusive até relançou alguns aparelhos antes lançados como Nokia agora com a sua marca), no máximo ainda mandando patches para os últimos smartphones com a marca Nokia que ela lançou, o que deve seguir até 2026, 2027 no máximo.

E mesmo os smartphones com a marca HMD, como eu já previa, não estão chamando muita a atenção. Apesar dela afirmar que está indo bem na Europa e América do Norte, os aparelhos lançados ainda deixam bastante a desejar em relação a concorrência, o custo-benefício é bastante questionável, e no geral, parece haver mais críticas do que elogios ao trabalho dela, embora a verdade é que cada vez vejo menos comentários sobre os aparelhos dela, mesmo que pra falar mal. Eu particularmente considero que a HMD tem a mesma relevância da TCL nesse ramo hoje em dia: mínima, pra não dizer inexistente. E não acho que essa iniciativa vá muito longe (não que eu esteja torcendo contra, até porque já não me importo, mas essa trajetória da HMD eu já vi antes com marcas como Alcatel e BlackBerry, e o final foi o esperado, além de que, pior do que críticas negativas, é a indiferença, como parece ser o caso).

A Nokia Corporation, esta que renovou a marca, hoje segue exclusivamente no ramo de redes e telecomunicações, e no máximo licenciou a sua marca nova para algumas empresas locais produzirem dispositivos móveis para finalidades industriais. E não há indícios de que uma nova empresa ocupará o lugar da HMD na produção de smartphones e tablets com a sua marca, nem mesmo ela reativar a divisão mobile e voltar a trabalhar no ramo.

E aqui no Brasil? A Multilaser, que ainda trouxe alguns smartphones, tablets e feature phones da Nokia produzidos pela HMD após o Nokia 5.3, parece que não se interessou em continuar com a parceria com a pequena marca finlandesa (e, mais recentemente, passou a trabalhar com aparelhos de outra marca, a Oppo). Tanto que alguns feature phones com a marca Nokia já foram trazidos por outra empresa, e alguns smartphones e feature phones com a marca HMD já são outra envolvida, mas que apesar dos smartphones já estarem homologados pela Anatel, ainda não foram lançados oficialmente, o que definitivamente não é um bom sinal (a promessa, inclusive, era de que esses smartphones viriam até o fim de 2024, mas o prazo passou, e nada).

Considerações Finais

De 2017 pra cá, pudemos testemunhar basicamente o último respiro da Nokia no ramo de dispositivos móveis, que infelizmente não acabou bem, já que o trabalho que a HMD desenvolveu até ia bem nos três primeiros anos, mas desandou de 2020 pra cá, e culminou na situação de que a marca Nokia, antes e ainda cultuada pelos fãs e saudosistas pelo trabalho desenvolvido até 2014, hoje mal é lembrada pelos aparelhos com Android, e os que tiveram os aparelhos produzidos pela HMD Global, geralmente falam mais mal do que bem dos mesmos, chegando na situação de que, se a marca não é lembrada, é desprezada, o que é bastante lamentável. Se nada mudar, parece que finalmente a marca "Nokia" em telefones celulares ficará no passado, junto com a glória vivida entre 1990 e 2010, o declínio de 2010 a 2016, e a desastrosa empreitada final, que foi de 2017 até 2026.

Deixe nos comentários o que você achou desse conteúdo, e se você teve um smartphone ou tablet da Nokia produzido pela HMD Global, nos relate a sua experiência com ele.