Pesquisar

Translate this page

Minha experiência com o Nokia 5.3 e minhas considerações sobre a HMD Global

Publicado em 12/04/2025


Já tive celulares e smartphones da Nokia na década passada, todos com experiências interessantes, mas depois que passei a utilizar o Android, nunca mais tinha experimentado algo com essa marca, que tinha bastante relevância nas décadas de 1990 e 2000, mas a perdeu na década de 2010, graças a fatores como a ascensão do sistema operacional móvel da Google, o fracasso do Symbian, a gradual queda no interesse por dumb phones com S30 e feature phones com S40, a aposta errada no Windows Phone e ao descarte de iniciativas que pareciam promissoras, como o MeeGo (que acabou se dividindo em outras duas iniciativas, uma da Jolla - o Sailfish OS - e outra da Samsung - o Tizen OS, mas nenhuma das duas prosperou no ramo de smartphones, sendo que a segunda ainda sobrevive graças as Smart TVs, já que até nos smartwatches, o Android acabou se sobrepondo, e a primeira, apesar de ainda existir, é como se não existisse, de tão irrelevante que o projeto se encontra atualmente).
A marca Nokia sumiu dos smartphones em 2014 (quando a Microsoft, que adquiriu a divisão mobile da empresa finlandesa dois anos antes, decidiu estampar a sua própria marca na linha de smartphones dela, o que logo provou ter sido uma péssima decisão, que juntamente de outras, culminou no fim do Windows para dispositivos móveis em 2020), e excluindo um lançamento restrito de um tablet em 2015 (em parceria com a Foxconn, que também promovia uma launcher desenvolvida pela finlandesa, que tinha uma proposta interessante, mas não prosperou) e o lançamento de alguns feature phones com a marca Nokia ainda por parte da Microsoft entre 2014 e 2016 (a Microsoft até ensaiou lançar aparelhos dessa categoria com a marca dela, mas a iniciativa ficou só nos protótipos), só voltou pra valer em 2017, desta vez sob responsabilidade da HMD Global, empresa finlandesa formada por vários ex-funcionários da divisão móvel da Nokia Corporation, que nesta oportunidade, abraçou de vez o Android (numa parceria bem estreita com a Google; lembrando que, anos antes, quase na mesma época em que foi adquirida pela Microsoft, a Nokia chegou a lançar alguns aparelhos que utilizaram o Android, mas numa estratégia bastante equivocada, que não destacava a plataforma do Google, e nem vinha com os serviços dela - incluindo a Play Store, o que prejudicou demais a experiência de uso, e culminou com o fracasso da iniciativa - que aparentemente foi proposital, já que esses aparelhos já tinham bastante influência da Microsoft, que obviamente queria promover a sua própria plataforma móvel nos aparelhos da finlandesa) mas ainda apostava em dumb phones e feature phones (continuando de onde a Microsoft parou, embora a sua abordagem visou ser mais nostalgista, resgatando modelos clássicos em uma nova roupagem).
De 2017 a 2019, a iniciativa parecia estar indo bem, com smartphones bastante interessantes, bom suporte em termos de atualizações de software e boa presença em países da Europa, Ásia, África e América do Norte, além dos feature phones lançados chamarem bastante a atenção.

Só que curiosamente o Brasil, um dos países onde celulares da Nokia mais fizeram sucesso nos anos 2000, não recebia os smartphones da marca por parte da HMD Global.

Isso mudou em 2020, quando finalmente foi anunciada uma parceria da HMD Global com a fabricante brasileira Multilaser (atualmente apenas Multi) para montagem, distribuição e suporte aos smartphones da marca Nokia no Brasil, o que resultou na vinda do Nokia 2.3, em Março de 2020, o que rapidamente mostrou já ter sido um começo "com o pé esquerdo".
Primeiro que a Multilaser já não tinha uma boa fama junto aos brasileiros devido a anos de comercialização de produtos de qualidade duvidosa, e segundo, porque o Nokia 2.3 era um péssimo chamariz, por ser um smartphone com especificações e desempenho fraco até para a categoria da qual ele pertencia, e consequentemente, um custo-benefício bastante questionável.
Resultado: o retorno da marca Nokia no Brasil não saiu como o esperado, e o Nokia 2.3 acabou deixando uma má impressão, que os aparelhos seguintes não apagaram totalmente, já que depois, em Outubro, vieram o Nokia 5.3, Nokia C2 e Nokia 110, e enquanto o primeiro tenha chamado mais a atenção, ainda não era aquela coisa, e os outros dois passaram sem muito destaque, e daí o saldo ainda continuava negativo.
Pra piorar, ainda em Março de 2020, foi decretada a pandemia do COVID-19, o que afetou duramente as operações da HMD, e consequentemente, o seu trabalho com os aparelhos.

Aliás, considero que 2020 foi o ano em que a própria HMD Global começou a desandar.

De lá pra cá, tudo piorou: a qualidade dos aparelhos lançados, o suporte a patches mensais de segurança (já que, pra "ajudar", a maioria dos aparelhos da HMD faziam parte do programa Android One, que exigia o cumprimento de 2 anos de atualizações do Android e 3 anos de patches de segurança mensais, além de que todos os aparelhos e atualizações lançadas passavam pela aprovação da própria Google, o que certamente era um dos motivos dos aparelhos serem mais caros) e as atualizações do Android (antes referência na distribuição das atualizações, sendo que os aparelhos da Nokia eram um dos primeiros a receberem novas versões, pouco tempo após os Pixel, da própria Google, os cronogramas deixaram de ser divulgados, e os aparelhos passaram a demorar a receber atualizações, mesmo com o Android "puro" e aprovado pela Google).

Tanto que depois de 2020, o número de feature phones e smartphones básicos com Android Go aumentou muito, enquanto os com Android One diminuíram.
Pra se ter uma ideia, o Nokia 1, de 2018, primeiro smartphone dela com Android Go, recebeu 2 atualizações do Android, coisa que nenhuma outra concorrente fazia. O mesmo aconteceu com o Nokia 1 Plus, de 2019.

Com o Nokia 1.3, lançado em 2020 (e que não veio para o Brasil) e o Nokia 1.4, em 2021, a quantidade de atualizações diminuiu, para apenas 1, o que ainda era muito perto da concorrência com Android Go, mas já indicava que algo estava errado.

Aí quando ela lançou a linha Nokia C, com os Nokia C1 e Nokia C2 em 2019, e o Nokia C3, em 2020, a HMD já começou a mostrar o panorama que se seguiria nos próximos anos: nenhuma atualização do Android, e um foco maior nessa linha do que nas outras, com mais lançamentos.

Vale destacar ainda a aposta errada que a HMD Global fez, em 2019, com o Nokia 9 Pureview, que era pra ser o carro-chefe da marca, com especificações top de linha, mas falhou justamente no que mais prometia: as câmeras.
Além do desempenho fraco delas se comparado a concorrência e do design de gosto duvidoso, elas foram mal projetadas, o que atrapalhou até as atualizações do Android. Lançado com Android 9, ele já demorou mais do que o normal para receber o Android 10 porque tiveram que readaptar o driver das câmeras, mas o processo foi tão complicado, que a atualização esperada para o Android 11 foi simplesmente cancelada. Um aparelho top com apenas 1 atualização do Android? Obviamente pegou muito mal essa história. Fora que o aparelho não vendeu tanto, o que já deu um baita prejuízo para a HMD, que resolver passar longe de lançar aparelhos com especificações de ponta nos anos seguintes, apostando apenas nos intermediários e de entrada. 

Além dos já mencionados 1.3, 2.3 e 5.3, a HMD ainda trouxe o 8.3, que era o melhor que ela tinha a oferecer em 2020, embora fosse apenas um intermediário premium (e mesmo para essa categoria, ainda ficava para trás com relação a concorrência). E, infelizmente, a HMD não o trouxe para o Brasil, desagradando muitos dos fãs da marca por aqui.
Voltando ao Nokia 5.3, eu comprei um, em Janeiro de 2022, numa compra meio que não planejada, já que a ideia era comprá-lo para o meu irmão, mas no final, como eu estava precisando de smartphone, acabou ficando para mim. E daí, pude experimentar na prática a qualidade dos aparelhos da marca.

O interessante é que, na caixa do aparelho, era informado que a minha unidade havia sido fabricada no começo de Dezembro de 2021, ou seja, era um aparelho de um lote bastante recente.
Ele veio bastante completo, com fone de ouvido (o interessante é que esse fone é bem similar aos que vinham com os Nokia Lumia, embora o formato seja bem desconfortável, e a qualidade é baixa, mesmo para um fone básico) e até uma capinha de silicone transparente. Sobre a capinha, eu a usei pouco, uma vez que optei por providenciar uma capa-carteira. E me deparei com a primeira dificuldade: conseguir acessórios para ele na minha cidade era impossível. Tive que encomendar a capa pela Shopee, e aguardar mais de 30 dias até ela chegar, já que só achei em um vendedor chinês (ao menos, a capinha era muito boa). Com a película foi a mesma coisa, mas no caso, ainda dei um jeito, e optei por adquirir uma película de vidro do Samsung Galaxy A70, que ficou perfeita no Nokia 5.3.

Mesmo usando a capinha, uma coisa que me incomodava bastante era a grande protuberância da moldura da câmera. O receio de riscá-la era muito grande, então optei por protegê-la com uma película de plástico. Não adiantou muito, mas penso que poderia ter sido pior sem ela.

O mesmo para a tampa traseira, que mesmo com a capinha, não passou ilesa de micro-arranhões, e penso que até foi um vacilo de minha parte não ter corrido atrás de uma película traseira (item que passei a dar mais atenção depois dessa experiência).

Eu que estava habituado a utilizar smartphones com o Android bastante customizado, acabei tendo que me acostumar com a experiência mais "crua" do Android Puro, e pra piorar, o Android dos aparelhos da HMD era até mais "cru" do que o normal, já que tinha poucos apps relevantes dela (basicamente só os apps de Câmera e Rádio, o que a imprensa até via como algo positivo, já que a Motorola, que também usava o mesmo Android Puro, já era bem mais incrementado em recursos próprios). Mas como a Google acertou bastante com o Android 11, não foi tão desafiador assim usar um aparelho nessa situação. Mas não consegui substituir perfeitamente apps que me faziam falta, como o Gravador de Voz (ele até vinha no sistema, mas sem uma launcher, ao qual eu tive que baixar, além do app ser bem inferior a soluções da concorrência),um gerenciador de arquivos (também tive que achar uma launcher, já que não queria usar o Files Go da Google), um tocador de música (consegui achar um fork do Samsung Music pra ele, que funcionava bem na maioria das vezes), mas um listador de vídeos eu infelizmente não consegui achar, e tive que me contentar com o Galeria Go, do Google. O equalizador padrão, curiosamente, não funcionava, e eu tive que achar uma opção na Play Store. Ao menos, uma coisa que ele tinha que os Motorola não tinham na época era o suporte ao Miracast, e consequentemente, a transmissão da tela para uma Smart TV sem necessariamente ser chromecast, além de um Gravador de Tela nativo.


A experiência, no geral, era ok, e consegui usá-lo sem maiores problemas por quase 1 ano e meio. Nesse tempo, eu lidava com incômodos como o WhatsApp falhar ao reproduzir mensagens de voz, e as câmeras bastante precárias (elas me chatearam pra valer quando descobri que algumas fotos importantes saíram com qualidade péssima, já que a lente principal tinha dificuldades para focar, e a lente macro era pior do que o normal).

Mas depois de 1 ano, um outra coisa começou a me incomodar no modelo brasileiro: a promessa de patches mensais simplesmente não estava sendo cumprida, e ele já estava justamente há 1 ano sem receber novos patches, além da atualização para o Android 12 estar bastante atrasada.

A HMD também promovia uma comunidade para usuários dos aparelhos Nokia produzidos por ela, mas infelizmente a versão principal era só em Inglês, com apenas poucas versões secundárias para países do sudeste asiático (comunidade essa que simplesmente foi descontinuada alguns anos atrás pra dar lugar a uma comunidade no Discord, cuja experiência é bastante inferior). E eu tinha conta nessa comunidade (que também podia ser acessada pelo app My Device, que vinha com o aparelho, mas que para o Brasil, não era muito útil, já que não tinha uma equipe brasileira cuidando do app, e portanto, qualquer questionamento era respondido em inglês), e descobri que nos outros países, os patches para o Nokia 5.3 continuavam chegando (ainda não mensalmente como o programa Android One previa, mas estavam chegando). 


Achei bastante esquisito, e dando uma pesquisada, descobri um grupo no Telegram que compartilhava os pacotes de atualização OTA dos aparelhos Nokia da HMD, onde basicamente só precisava colocar o celular no modo de recuperação, e acionar o modo adb sideload e fazer o processo de instalação da atualização por cabo USB. Como não gostei das mudanças do Android 12, mas queria deixar o meu 5.3 com o patch mais atual possível, tomei coragem, e fiz o processo no meu 5.3, e mesmo receoso com o procedimento, acabou dando certo. 

Só que, três meses depois de ter feito isso, e como o 5.3 já fora da garantia, eis que o aparelho simplesmente desligou sozinho, e ao ligar, ficou preso na tela de boot. 


Vendo que o aparelho não ia nem pra frente, nem pra trás, decidi restaurar as configurações de fábrica, mas não adiantou muito. Então, resolvi novamente fazer uma atualização manual via adb sideload, e o coloquei no Android 12, mas a princípio, também não resolveu o problema. Como as minhas alternativas de solução via software tinham se esgotado, o aparelho pra mim já estava como perdido. Nessa hora, também lamentei um outro ponto fraco dos aparelhos da Nokia produzidos pela HMD: a ausência de uma ferramenta que pudesse fazer o reparo ou a reinstalação do Android dos aparelhos (no passado, a Nokia tinha várias ferramentas com esse finalidade, sendo as últimas o Nokia Suite e o Nokia Care Suite, que dentro dela, tinha a poderosa ferramenta Phoenix, que me ajudou a instalar manualmente firmwares de vários aparelhos com S40 e Symbian, mas a HMD não tinha nada do tipo para o usuário final, e também não possibilitava o desbloqueio do bootloader para aqueles que desejava colocar uma Custom ROM, o que também desagradava muita gente).

Cheguei em casa, e botei o 5.3 pra carregar, e eis que finalmente ele conseguiu iniciar. Vendo que ele só ficava ligado na tomada, conclui que tinha alguma coisa errada com a bateria. Levei para um colega que mexia com reparo de smartphones, e segundo ele, dando um choque na bateria, o aparelho voltou a funcionar de forma normal, embora o medidor já não chegava mais nos 100% (se eu bem me lembro, já era um problema que estava tendo antes do 5.3 acabar parando).

Vendo que o aparelho já não estava nada confiável, estava com o Android 12 que eu simplesmente não curti, e vendo que os lançamentos e decisões da HMD estavam cada vez piores, não pensei muito, e resolvi passar o aparelho pra frente. Foi um pouco trabalhoso achar um comprador, mesmo vendendo barato o aparelho, mas conseguir achar alguém, e dei adeus ao Nokia 5.3.

Mas não só isso: também repensei a ideia de pegar novos aparelhos Nokia fabricados pela HMD Global, já que até cheguei a considerar a compra de aparelhos como o Nokia X100, o Nokia G300 (ambos exclusivos do mercado norte-americano, e portanto, de importação mais complicada, além de que por não serem do programa Android One, o suporte a atualizações era ainda pior) e o Nokia G50 (que até foi lançado no Brasil, mas não ficou muito tempo no nosso mercado, o que também foi bastante estranho), além de ter achado interessante o Nokia XR20 (aparelho que a HMD fez outra lambança, já que usou o ex-jogador de futebol brasileiro Roberto Carlos como garoto-propaganda, e essas propagandas até apareceram nas redes sociais brasileiras da marca, mas ainda assim a finlandesa deixou claro que o aparelho não viria para o Brasil, mesmo presenteando alguns criadores de conteúdo e fãs brasileiros da marca com ele, o que pegou muito mal).

Eu cheguei a considerar também adquirir um feature phone dela com a plataforma KaiOS para uso secundário, e avaliei modelos como o 6300 4G, o 2720 Flip e o 2760 Flip, mas vendo que a plataforma também não só não estava progredindo, como regrediu, e versões mais recentes deixaram de ter acesso a apps chamarizes, como os da Meta e da Google, em especial, o WhatsApp, também rapidamente repensei a ideia, e ao invés de um feature phone secundário, achei melhor considerar um tablet como aparelho secundário, apesar de que, obviamente, não seria com a marca Nokia.



De 2023 pra cá, como eu previa, o que já estava ruim, só piorou: a quantidade de aparelhos intermediários diminuiu, e os básicos aumentou, e ainda assim, com hardware bastante questionável mesmo para a categoria, além das atualizações do Android e os patches continuarem demorando.

Por fim, a HMD finalmente tomou uma iniciativa bastante extrema: fez um rebranding da sua marca, e gradualmente começou a remover referências a marca Nokia (incluindo o fim da comunidade, que eu comentei), até finalmente decidir que os novos smartphones teriam a marca dela ao invés da Nokia, esta que coincidentemente também atualizou a sua marca, meio que deixando claro que a velha Nokia ficou no passado.

E chegamos na seguinte e atual situação: a HMD ainda lança alguns feature phones com a marca antiga da Nokia, mas agora faz questão de destacar junto a sua marca na embalagem e traseira dos dispositivos (semelhante ao que a Microsoft fez entre 2014 e 2016), mas é questão de tempo para a HMD deixar de fazer isso, uma vez que ela também já tem no seu portfólio feature phones com a sua própria marca, e o licenciamento ainda vigente com a Nokia Corporation deve expirar em 2026, sendo que certamente não será renovado. Smartphones e tablets, por sua vez, agora são totalmente com a marca da HMD (e ela inclusive até relançou alguns aparelhos antes lançados como Nokia agora com a sua marca), no máximo ainda mandando patches para os últimos smartphones com a marca Nokia que ela lançou, o que deve seguir até 2026, 2027 no máximo.

E mesmo os smartphones com a marca HMD, como eu já previa, não estão chamando muita a atenção. Apesar dela afirmar que está indo bem na Europa e América do Norte, os aparelhos lançados ainda deixam bastante a desejar em relação a concorrência, o custo-benefício é bastante questionável, e no geral, parece haver mais críticas do que elogios ao trabalho dela, embora a verdade é que cada vez vejo menos comentários sobre os aparelhos dela, mesmo que pra falar mal. Eu particularmente considero que a HMD tem a mesma relevância da TCL nesse ramo hoje em dia: mínima, pra não dizer inexistente. E não acho que essa iniciativa vá muito longe (não que eu esteja torcendo contra, até porque já não me importo, mas essa trajetória da HMD eu já vi antes com marcas como Alcatel e BlackBerry, e o final foi o esperado, além de que, pior do que críticas negativas, é a indiferença, como parece ser o caso).

A Nokia Corporation, esta que renovou a marca, hoje segue exclusivamente no ramo de redes e telecomunicações, e no máximo licenciou a sua marca nova para algumas empresas locais produzirem dispositivos móveis para finalidades industriais. E não há indícios de que uma nova empresa ocupará o lugar da HMD na produção de smartphones e tablets com a sua marca, nem mesmo ela reativar a divisão mobile e voltar a trabalhar no ramo.

E aqui no Brasil? A Multilaser, que ainda trouxe alguns smartphones, tablets e feature phones da Nokia produzidos pela HMD após o Nokia 5.3, parece que não se interessou em continuar com a parceria com a pequena marca finlandesa (tanto que agora passou a trabalhar com aparelhos de outra marca, a Oppo). Tanto que alguns feature phones com a marca Nokia já foram trazidos por outra empresa, e alguns smartphones e feature phones com a marca HMD já são outra envolvida, mas que apesar dos smartphones já estarem homologados pela Anatel, ainda não foram lançados oficialmente, o que definitivamente não é um bom sinal (a promessa, inclusive, era de que esses smartphones viriam até o fim de 2024, mas o prazo passou, e nada).

Considerações Finais

De 2017 pra cá, pudemos testemunhar basicamente o último respiro da Nokia no ramo de dispositivos móveis, que infelizmente não acabou bem, já que o trabalho que a HMD desenvolveu até ia bem nos três primeiros anos, mas desandou de 2020 pra cá, e culminou na situação de que a marca Nokia, antes e ainda cultuada pelos fãs e saudosistas pelo trabalho desenvolvido até 2014, hoje mal é lembrada pelos aparelhos com Android, e os que tiveram os aparelhos produzidos pela HMD Global, geralmente falam mais mal do que bem dos mesmos, chegando na situação de que, se a marca não é lembrada, é desprezada, o que é bastante lamentável. Se nada mudar, parece que finalmente a marca "Nokia" em telefones celulares ficará no passado, junto com a glória vivida entre 1990 e 2010, o declínio de 2010 a 2016, e a desastrosa empreitada final, que foi de 2017 até 2026.

Deixe nos comentários o que você achou desse conteúdo, e se você teve um smartphone ou tablet da Nokia produzido pela HMD Global, nos relate a sua experiência com ele.

Galaxy Book5: Modelo base é certificado pela Bluetooth SIG

Publicado em 12/04/2025

Semanas depois do lançamento do Galaxy Book5 360 (que comentei aqui), e sem indícios de que teremos um Galaxy Book5 Ultra, parece que logo teremos o modelo básico da 5ª geração de notebooks com a marca Galaxy.

Ao menos, é o que indica a recente emissão da certificação no Bluetooth SIG:

Se seguir a mesma lógica dos Galaxy Book4, os NP75xXHD serão os modelos sem GPU integrada, enquanto os NP75xXHW ou terão GPU integrada ou virão com Linux (eu acredito mais na segunda opção).

Ainda não se sabe quais modelos de processador Intel Core eles utilizarão, mas se seguir a lógica das gerações anteriores, deveremos ter modelos com Intel Core 3-201E, Core 5-220U e Core 7-250U.

Lembrando que aqui no Brasil, notebooks com Intel Core da Série 1 ainda estão com disponibilidade bastante limitada, sendo que mesmo os Galaxy Book4 com esses processadores ainda só estão disponíveis em opções com a GPU NVidia MX570, sendo que sem GPU dedicada, apesar de estarem registrados antes do lançamento oficial, ainda seguem inéditos no Brasil.

É difícil dizer o que os Galaxy Book5 básicos trarão de novidade, mas considerando os demais modelos da família, devemos esperar poucas mudanças.

Deixe nos comentários a sua opinião.

Minha opinião sobre o Galaxy A06 5G no Brasil e mais

Publicado em 02/04/2025 no Samsung Members
Atualizado em 02/04/2025


Apesar de ter sido homologado pela Anatel antes dos Galaxy A26, A36 e A56, só no dia 02/04 que a Samsung trouxe para o Brasil o Galaxy A06 5G. Sobre ele, minhas considerações são as seguintes:

galaxy-a06-5g.png

Ele basicamente aproveita o mesmo projeto do Galaxy A06 com 4G, mas com a traseira lisa, o que pode não ser o suficiente para diferenciá-los bem.

Seu destaque certamente é o chipset Mediatek Dimensity 6300, o que o deixa até mais interessante que o Galaxy A16 4G. E curiosamente esse chipset chegou a ser utilizado no Galaxy A16 5G em alguns países, o que acaba não ajudando muito o modelo mais caro (não é a primeira vez que isso acontece, sendo que o A04s e o A14 4G chegaram a usar o mesmo chipset também). Felizmente esse problema não ocorreu no Brasil.

Uma outra diferença relevante do A06 5G em relação ao A06 4G é a proteção IP54, herdada dos A16. Para a categoria dele, um IP48 já estava ótimo, mas não estou reclamando da proteção ser melhor, não.

Uma pena ele ter vindo com apenas 4 GB de RAM por aqui, sendo que lá fora ele teve versões com 6 GB de RAM, que tivemos aqui com o A05s, e que foi bastante elogiado.

Tela, câmeras e bateria são basicamente as mesmas do modelo 4G, e no caso da câmera frontal, tem menos resolução que o do A05s, o que desagrada um pouco.

A verdade é que se o Galaxy A16 5G com 8 GB de RAM não estiver tão mais caro, vale muito mais a pena pagar um pouco a mais por ele. E talvez até o Galaxy A05s ainda seja uma escolha mais interessante.

Vale ressaltar ainda que lá fora, além do Galaxy A06 5G, a Samsung ainda oferece várias opções que, na prática, são basicamente o mesmo aparelho, mas com poucas diferenças: o Galaxy M06, que basicamente só mexe no visual das câmeras, adotando a retrógrada moldura nas lentes (e tem o Galaxy F06, da qual já comentei aqui, mas que é o mesmo aparelho que apenas adota um visual mais estiloso na tampa traseira), e o Galaxy M16, que pega características do A16 5G como tela Super AMOLED, opções com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, e câmera ultrawide, mas também adota a moldura nas lentes num visual ainda mais questionável (e também ganhou uma versão com tampa traseira mais estilosa na mesma vibe do F06, lançado como Galaxy F16), além de utilizarem o mesmo chipset Mediatek Dimensity 6300.

m06-m16.jpg

Deixe nos comentários o que você achou do Galaxy A06 5G. 

Minha opinião sobre os Galaxy A06 5G, Galaxy A16, Galaxy M16, Galaxy A26, Galaxy A36 e Galaxy A56

Publicado em 05/03/2025 no Tecnoblog Comunidade
Atualizado em 05/03/2025


O que você achou dos lançamentos de 2025 da Samsung para as famílias Galaxy A e Galaxy M? Deixe nos comentários.

O Galaxy A06 5G tem basicamente o mesmo visual do modelo 4G, basicamente só alterando o chipset para o Mediatek Dimensity 6300, que é o mesmo utilizado no Galaxy A16 5G de alguns países. Ou seja, nada muito interessante. E o Galaxy M06 5G, lançado inicialmente na Índia, é basicamente o mesmo aparelho, mas com moldura das câmeras que lembra o já antigo Galaxy A02 (e os indianos ainda poderão escolher o Galaxy F06 5G, exclusivo deles, que é o mesmo M06 5G, mas com a traseira um pouco mais estilosa).

O Galaxy A16, lançado semanas atrás, não evoluiu muito com relação ao antecessor, basicamente utilizando o mesmo chipset, Mediatek Helio G99. Basicamente só aumentou um pouco o tamanho (e consequentemente a tela), e perdeu o conector P2 para fone de ouvido. Ao menos, ganhou proteção IP54. O A16 5G lá fora não é muito mais interessante, porque utiliza o Mediatek Dimensity 6300, que além de ser uma ligeira atualização do Dimensity 6100+ do A15 5G, como você viu, está sendo colocado em modelos mais baratos que ele. Ao menos, no Brasil, ele compensa um pouco mais, já que veio com o Exynos 1330, que apesar de ser o mesmo chipset do A14 5G, é bem mais potente, brigando até com o Exynos 1280 do A25.

O Galaxy M16 5G vai utilizar o mesmo chipset do Galaxy A06 5G, e a única diferença vai ser a moldura das câmeras, que sofreu um retrocesso no layout, lembrando modelos do final da década passada. Mas o pior foi ter perdido a bateria de 6000 mAh do antecessor, o que certamente o deixará bem menos interessante que o Galaxy A16 5G, caso seja lançado no Brasil.

O Galaxy A26 ganhou proteção Gorilla Glass Victus+ e IP67 (que fez muita falta no A24 e A25), mas perdeu som estéreo e conector P2 para fone de ouvido, e a bateria parece durar menos que o antecessor, cuja autonomia já não era lá aquela coisa. E apesar de vir com o Exynos 1380, países da América Latina o receberão com o mesmo Exynos 1280 do A25, e aí fica complicado defender.

O Galaxy A36, ao invés de usar o Exynos 1480, utilizará o Snapdragon 6 Gen3, que não é muito melhor do que o antecessor ou mesmo o A26 (só deve ir um pouco melhor em jogos pela GPU ser levemente superior). Mas perdeu o suporte a cartão MicroSD.

O Galaxy A56 agora vem com Exynos 1580, que utiliza núcleos ARM Cortex A720 e A520, o que é um upgrade interessante em relação aos antecessores, além do armazenamento ser em UFS 3.1. Mas, com exceção da frontal (que perdeu resolução), segue com as mesmas câmeras, o que não empolga muito.

Samsung anuncia oficialmente os Galaxy A26, Galaxy A36 e Galaxy A56

Publicado em 03/03/2025 no Samsung Members
Atualizado em 03/03/2025


Depois de muita expectativa, finalmente a Samsung, por meio de comunicado na Newsroom Global, anunciou os novos membros da família Galaxy A de 2025: o Galaxy A26, Galaxy A36 e Galaxy A56.

a26-a36-a56.png

Desta vez, os três são um pouco maiores que os antecessores e vem com tela de 6.7 polegadas Super AMOLED Full HD+ com brilho máximo de 1200 nits e proteção Gorilla Glass Victus Plus, além da proteção IP67, o que é interessante principalmente para o A26, já que seus antecessores não vinham com nada do tipo.

Uma pena que o A26 perdeu o conector para fone de ouvido, e os A36 e A56 já não tem mais entrada para cartão de memória.

Chama a atenção que, quanto as câmeras, a Samsung voltou a unir as lentes traseiras numa moldura, numa iniciativa que pode ser vista como retrocesso.

Os três tem opções com 128 e 256 GB de armazenamento e 8 GB de RAM, sendo que o A26 tem opção com 6 GB e os A36 e A56 tem também a opção de 12 GB. Eles já virão com o Android 15 e a One UI 7, e terão 6 anos de atualizações. A bateria de ambos segue com 5000 mAh, desagradando quem esperava uma mudança nesse sentido.

O chipset do A26 é o Exynos 1380 (mas alguns países podem recebê-lo com o Exynos 1280, o que pode ser o nosso caso), e ainda vem com o notch em formato de gota (infelizmente), além de manter as câmeras principal (50 MP), ultrawide (8 MP), macro (2 MP) e frontal (13 MP) do antecessor. E está presente nas cores preta, branca, verde menta e rosa pêssego.

a26-5g.png

O A36 5G utiliza o chipset Snapdragon 6 Gen 3, mas de resto, não é uma mudança tão grande com relação ao antecessor. As câmeras principal (50 MP), ultrawide (12 MP) e macro (5 MP) também não mudaram, mas a frontal curiosamente perdeu resolução, indo de 13 para 12 MP (embora possivelmente a lente deve ser melhor). Ele vem nas cores preto, branco, lavanda e verde-limão.

a36.png

O Galaxy A56 é o mais interessante, agora com chipset Exynos 1580 (agora com núcleos A720 e A520) e GPU Xclipse 540, além do armazenamento em UFS 3.1. Novamente as câmeras principal (50 MP), ultrawide (12 MP) e macro (5 MP) não mudaram, mas a frontal perdeu resolução (de 32 MP, foi pra 12 MP). Ele vem nas cores rosa, verde oliva, grafite e cinza claro.

a56.png

Eles devem estar disponíveis para compra apenas no final de Março.

Pra quem quer saber mais sobre os aparelhos, o link do comunicado da Samsung Newsroom Global está aqui.

Deixe nos comentários o que você achou dos novos lançamentos da Samsung.

Primeiras Impressões do Galaxy A25 5G

Publicado em 08/01/2025 no Samsung Members
Atualizado em 21/02/2025

Comprei um Galaxy A25 5G com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento por R$ 1156, e gostaria de compartilhar com vocês as minhas impressões sobre o aparelho.

a25.jpg

COMPRA E ENTREGA: Comprei no Carrefour através do Magazine Luíza no dia 27/12/2024, e o prazo de entrega estava para 6 dias úteis, com previsão para 09/01/2025. Contudo, recebi o aparelho já no dia 30/12/2024. A embalagem da loja é curiosa, por ser quadrada e personalizada, e a caixa do aparelho vir na diagonal, mas tinha 2 plásticos com ar protegendo, o que foi bom. Como usei o Zoom, ganhei um pequeno cashback, e na prática, o aparelho saiu por R$ 1145. Queria ter pago menos de R$ 1100, mas como já tinha esperado demais, e precisava do smartphone pra volta das férias, acabei não resistindo.

DESIGN: Pouco empolgante, de forma geral. Praticamente é o mesmo do Galaxy A24, apenas com a traseira com efeitos diferentes (que na prática, não fazem muita diferença pra mim, já que vou usar com uma capa carteira) e a Key Island. O notch na tela ser praticamente o mesmo do A24 é bem decepcionante, se lembrarmos que o A21s tinha notch em furo no canto esquerdo. Uma coisa que gostava no Galaxy XCover Pro (meu aparelho anterior, que comentei aqui) e faz falta no A25 são os botões extras para acionar determinadas funções, já que não gosto de usar o botão POWER pra ficar acionando a lanterna (até configurei com outro aplicativo um modo para acionar a lanterna agitando o aparelho, mas não funciona do mesmo jeito que em aparelhos da Motorola, então não ajuda muito).

TELA: Com brilho na metade, reproduz bem as cores, conforme já era esperado de um painel Super AMOLED. Mas com brilho no mínimo ou perto dele, dá pra ver inconsistências na exibição, especialmente em fundos acinzentados (é como se tivessem manchas escuras, como a foto abaixo tenta reproduzir). Pode ser defeito, mas já estou convencido de que é um ponto fraco das telas Super AMOLED, já que o Galaxy A24 que está com a minha mãe e o Galaxy M34 do meu irmão também apresentam algo do tipo, mas me deixou bem chateado, já que esse tipo de incômodo eu não tinha com a tela LCD do Galaxy XCover Pro (que também não era nenhuma maravilha). A taxa de 120 Hz é legal, embora fosse mais interessante se fosse adaptável, já que na prática, só serve pra consumir mais energia da bateria, já que não jogo muito.

a25-3.jpg

DESEMPENHO: Com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento em UFS 2.2, tem o desempenho esperado, bem como o Exynos 1280. Mas, mesmo com a capinha, deu pra perceber que ele esquenta um pouco do lado direito das câmeras, indicando que o chipset é bem esquentadinho, como já era de se esperar.

BATERIA: O grande ponto fraco dele. Conforme as imagens abaixo, ainda não consegui ultrapassar as 6 horas de tela em uso moderado (redes sociais e navegação no Google Chrome, basicamente), e a bateria, embora chega a 1 dia e meio, não chega com folga. Não está muito melhor que o Galaxy XCover Pro, que tinha 4000 mAh. Pelo menos, em modo standby, parece segurar um pouco mais do que o aparelho que usava antes, embora nada muito impressionante, também. Bastou abrir qualquer rede social, que a bateria começa a despencar. Ou seja, decepcionante! O carregamento também não surpreendeu, levando de 2h30 a 2h45 pra carregar com o carregador de 15 W que vem na caixa, sendo que raramente ativa o carregamento rápido.

a25-2.jpg

CÂMERAS: Usei pouco, mas parecem ter desempenho igual ou melhor a do Galaxy A24. Uma pena a macro ser de apenas 2 MP, com foco fixo.

SOM: Destaque para o áudio estéreo, que funcionou bem. O volume não me surpreendeu, mas também não chega a ser uma decepção. No fone de ouvido, até que consigo um bom volume mesmo não estando no máximo. Mas um problema que tinha no Galaxy A24 infelizmente continua no Galaxy A25: quando está tocando uma música, ao chegar notificações push, ele toca o som da notificação, mas junto, surge uns pequenos estalos, como se fosse estática. É um problema que não tinha no Galaxy XCover Pro.

RECURSOS: Um dos motivos de ter escolhido o A25, além da entrada para o fone de ouvido, foi o fato dele ter o suporte ao Gravador de Tela, que estava ausente no A24. Não que eu vá usar o recurso, mas acho interessante tê-lo a disposição. Pra ficar completo, só faltou o suporte a comandos de voz na Câmera (que curiosamente tinha no Galaxy A33 e Galaxy A53), que está relacionado com o fato de não vir a Bixby (só veio o Bixby Vision). Outra ausência que me chateava no A24 e segue me chateando no A25 é o suporte oficial ao Good Lock. Sou obrigado a baixar o Fine Lock na loja, e baixar os APKs dos módulos por conta, mas no final, dá tudo certo. Ele também tem Rádio FM e NFC, itens que dificilmente utilizarei, mas que acho legal ter. Não gostei também do slot de SIM Card e Micro SD ser híbrido, mas como não estou utilizando um Micro SD, não está sendo um grande problema (embora tive um trabalho grande pra conseguir ejetar a gaveta). Me chamou a atenção ainda que ele tem o app "Fone de ouvido USB-C", mesmo tendo o conector P2, mas ainda não testei um fone de ouvido USB-C pra ver se funciona.

Deixe nos comentários a sua opinião, e se você tem o Galaxy A25, sinta-se a vontade para compartilhar suas experiências.

Mais Galaxy Book4 no Brasil em breve?

Publicado em 19/02/2025

Enquanto nenhum modelo da família Galaxy Book5 tem previsão de lançamento no Brasil, parece que a filial brasileira da Samsung seguirá apostando na geração anterior, ao menos, considerando o modelo básico.

book4.jpg

Depois de ter lançado 9 opções com Windows 11 Home (sendo 2 com GPU dedicada) e 6 opções com Windows 11 Pro, segundo o Samsung Update, parece que há mais 9 opções do Galaxy Book4 básico a caminho (fora as outras 4 com os Intel Core Série 1 sem GPU dedicada, que até agora não vieram, como comentei aqui).

Começando por mais 7 NP750XGJ, que são os modelos com Intel Core i de 13ª Geração:

book4-2.png

E mais 2 NP750XGL, que são os modelos com Intel Core Série 1 e GPU NVidia MX570.

book4-1.png

Chama a atenção a letra depois do traço, sendo a letra "L" no primeiro, e a letra "Y" no segundo, que não são comuns nos números de modelo dos notebooks da Samsung.

Uma hipótese seria que essas opções viriam com Linux (como já teve anteriormente, conforme expliquei aqui), mas a numeração não está seguindo o padrão, já que na Coreia do Sul, os Galaxy Book4 com Linux tem a numeração NT750XGP-G, NT750XGQ-A (ambos com Intel Core Série 1) ou NT750XGR-A (com Intel Core i de 13ª Geração).

Outra hipótese seria que essas opções viriam com outra cor (o que faz tempo que não acontece, como comentei aqui), mas mesmo ela tem um problema, já que os modelos na cor prata geralmente tem a numeração "NP750XGx-KS" após o traço.

Ou seja, esses modelos ainda são um mistério, principalmente porque já tem Book4 demais com a cor cinza lunar.

Por fim, dos Book4 com Windows 11 Pro, apareceu 1 nova opção, que possivelmente seria com Intel U300:

book4-4.png

Deixe nos comentários a sua opinião.

Galaxy A25 5G foi lançado em mais um país, só que bem diferente do nosso

Publicado em 17/02/2025

Enquanto o Galaxy A26 5G já esteja perto de ser lançado, eis que um novo país começou a vender o modelo da geração anterior, que já tem mais de 1 ano de mercado no Brasil e no restante do mundo.

O Galaxy A25 5G acaba de ser anunciado no Japão, com preço de lançamento de 29900 ienes (+/- R$ 1120 sem impostos), e início das vendas em 27/02.

O detalhe é que... não é o mesmo aparelho que temos no Brasil.

a25-jp-1.png

Enquanto o nosso é o SM-A256, o dos japoneses é o SM-A253.

a25-jp-2.png

A diferença mais notável é a quantidade de câmeras traseiras: 3 no nosso, 2 no dos japoneses, sendo a principal e a macro iguais as nossas: 50 MP e 2 MP, respectivamente. Eles perderam a ultrawide, de 8 MP.

A frontal deles, por sua vez, é bem inferior, de 5 MP, contra os 13 MP do nosso.

O A25 5G japonês tem dimensões bem maiores (168 x 78 x 8.5 mm e 210 g deles contra 161 x  76.5 x 8.3 mm e 197g do nosso), bem como a tela maior, de 6.7 polegadas (a nossa é de 6.5), só que o resto é bem pior que o nosso: a tela é apenas LCD TFT com resolução HD+ e taxa de atualização de 60 Hz (a nossa é Super AMOLED, Full HD+, com taxa de atualização de 120Hz).

A quantidade de RAM e armazenamento também é inferior, até mesmo em relação a nossa opção mais barata: 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento, contra 6 ou 8 GB de RAM e 128 ou 256 GB de armazenamento do nosso. 

E ele só aceita 1 SIM Card (enquanto o nosso aceita 2).

A bateria é a mesma, de 5000 mAh, sem informações de carregamento (provavelmente deve ser igual, suportando até 25 W).

A minha impressão é de que, pra chegar nesse A25 5G para os japoneses, a Samsung basicamente pegou o projeto do A06 4G e apenas colocou o chipset do A15 5G, já que o chipset deles é o Mediatek Dimensity 6100+ (o nosso é o Exynos 1280, um pouco melhor).

Pelo menos, duas coisas são melhores na versão nipônica: o suporte a proteção IP68 (bastante valorizada pelos japoneses) e o fato de já vir de fábrica com Android 15 e a One UI 7.0.

a25-jp-3.png

Deixe nos comentários o que você achou do Galaxy A25 5G japonês.

Antes do Galaxy A06 5G ser lançado, ele já ganhou uma versão exclusiva

Publicado em 17/02/2025

Enquanto a Samsung ainda não anunciou oficialmente o Galaxy A06 5G, eis que, sem nenhum alarde, uma versão exclusiva dele já aparece no site da sul-coreana na Índia.

Estou falando do Galaxy F06 5G.

f06-5g.png

Ele praticamente revela, antes da hora, como será o modelo global, que já foi homologado pela Anatel e tem página de suporte no Brasil, como comentei aqui.

O que chama a atenção, de cara, é o módulo das câmeras traseiras, que são diferentes do modelo 4G, retornando ao formato ultrapassado de pílula, que deve ser o padrão para os Galaxy A lançados em 2025.

Mas, de resto, as lentes principal, de profundidade e frontal seguem as mesmas do modelo 4G.

f06-5g-3.png

Outra mudança é o chipset, que troca o Mediatek Helio G85 do A06 4G pelo Mediatek Dimensity 6300, que curiosamente é o mesmo do A16 5G em alguns países.

De resto, segue tudo igual: mesmas dimensões, tela de 6.7 polegadas LCD PLS com resolução HD+ e taxa de atualização de 60Hz, bateria de 5000 mAh com suporte a carregamento de 25W, 128 GB de armazenamento e opções com 4 e 6 GB de RAM.

f06-5g-2.png

Como já comentei em outros Galaxy F, esse modelo é vendido com exclusividade pela varejista indiana Flipkart, nas cores Bahama Blue e Lit Violet, que como pode ser visto nas fotos, tem esse efeito diferente.

Provavelmente o nosso Galaxy A06 5G deva vir com visual traseiro e cores mais tradicionais.

As vendas começarão no dia 20/02, com preços entre US$ 115 e US$ 130, ou R$ 650 e R$ 750, sem impostos.

Deixe nos comentários o que você achou do Galaxy A06 5G e da sua versão exclusiva da Índia.

Minha história com Yu-Gi-Oh!

Saindo um pouco da parte de tecnologia, e indo para o universo geek, gostaria de falar de uma franquia japonesa que admiro bastante, fez muito sucesso na década de 2000, mas hoje vive uma certa decadência: Yu-Gi-Oh!

Contextualizado

Yu-Gi-Oh! começou como um mangá criado por Kazuki Takahashi em 1996, que retratava um garoto chamado Yugi Muto, um jovem tímido e fã de jogos diversos, que em contato com uma relíquia egípcia, assume o alter ego do "Rei dos Jogos", que basicamente era o espírito de um faraó egípcio, e juntos passam a vencer vários desafios e enfrentar vários perigos.

Incialmente Yu-Gi-Oh! abordou jogos diversos, até que uma paródia do popular card game "Magic: The Gathering" chamou a atenção dos leitores japoneses, e se popularizou, a ponto da história mudar o foco para esse card game, que deixou de ser uma paródia, para se tornar algo com identidade própria (inicialmente chamado de "Magic and Wizards", passou a ser "Duel Monsters"), chamando a atenção de várias empresas, sendo inicialmente Bandai e Toei Animation (que lançaram um anime de 26 episódios na TV Asahi, em 1998, e um filme de média-metragem em um festival, no ano seguinte), e depois a Konami, que fez um trabalho mais sério com o card game (sem deixar de explorar os outros jogos, que saíram em várias mídias, especialmente jogos para consoles) e financiando um novo anime junto com a NAS e a TV Tokyo, no ano 2000, este que fez bem mais sucesso, chegando nos Estados Unidos, que graças as empresas 4Kids Entertainment e Warner Bros, fez Yu-Gi-Oh! se popularizar também no ocidente, e portanto, fazendo a franquia se tornar relevante globalmente.

Aqui no Brasil, o anime chegou em 2002 primeiro na TV Paga via Nickelodeon, mas só foi conquistar os brasileiros no ano seguinte, com a exibição na TV Aberta através da TV Globo.

O sucesso por aqui só não foi maior e mais duradouro porque a TV Band, via Gilberto Barros e o seu programa "Boa Noite Brasil", em meados de 2003, demonizou o anime e o card game, influenciando a opinião pública de forma desfavorável em relação a franquia, e impactando negativamente as futuras iniciativas, chegando agora em 2025, na situação de que Yu-Gi-Oh! é uma franquia praticamente esquecida pelo grande público (e os poucos que lembram já nem acompanham mais as produções animadas mais recentes ou as invocações mais recentes do card game), e que embora ainda tenha uma comunidade ativa no card game, mesmo ela já foi maior e mais relevante em um passado recente.

Agora falando da minha história com Yu-Gi-Oh!, ela começou em 2008, já bem longe do auge da obra no Brasil. Eu conheci inicialmente o anime, por acaso, através do meu primo, que tinha um amigo que confeccionava DVDs com os episódios ripados da Nickelodeon, baixados do site Yu-Gi-Oh! Extremo (que nas décadas de 2000 e 2010, foi o principal divulgador extraoficial dos animes da franquia no Brasil, e os animes da franquia só sobreviveram com algum público no Brasil nessas duas décadas graças a esse site). Nas vezes que eu o visitava, assistia sem entender muita coisa, mas diferente de outros animes que eu via meu primo assistir (como One Piece, por exemplo), Yu-Gi-Oh! me despertou mais interesse.

Vale lembrar que, ainda em 2008, eu conheci Pokémon via exibição na TV Aberta pela RedeTV! (comentarei mais sobre isso em um outro post), então a estética de Yu-Gi-Oh! já me era familiar.

Daí, no começo de Novembro de 2008, tomei a decisão de pegar emprestado um DVD do meu primo, e comecei a assistir o anime pra valer. O engraçado é que não comecei pelo primeiro episódio, e sim pelo 107 (que já correspondia a terceira temporada do anime), mas admito que foi até melhor assim, porque depois ao reassistir os episódios anteriores, eles não me empolgaram tanto (especialmente a primeira temporada, que muitos consideram a melhor, mas eu não sou o maior fã dele, mesmo vendo os seus méritos).

De Novembro de 2008 até Junho de 2009, segui acompanhando os episódios a medida que o meu primo ia conseguindo os DVDs com os episódios restantes (posteriormente reassisti o começo da segunda temporada, e anos depois, finalmente pude assistir a primeira temporada). 

Fui pegar gosto na quarta temporada, embora só fui entender bem o anime muitos anos depois.

Vale destacar a temporada "Capsule Monsters", que conheci depois de ter finalizado as 5 temporadas, mas sempre com o episódio 1 dublado em italiano com legendas em português, que era o que o Yu-Gi-Oh! Extremo tinha à disposição, já que o responsável pelo site não conseguiu capturar o episódio dublado na sua exibição pela Nickelodeon, considerando que passou de forma bastante escondida, e sem reprise. Posteriormente, quando essa temporada entrou na Netflix em 2018, pude conferir este episódio com a dublagem brasileira.

Por fim, muito depois, assisti também a Temporada 0 e ao filme produzidos pela Toei Animation, tendo acompanhado também o projeto de fandub desta temporada, produzida pela VoxDub, projeto do Waldyr Aniceto, que teve a participação do Marcelo Gouveia, conhecido no YouTube e redes sociais pelo "Canal do Sahgo", que tem como destaque uma série de vídeos comparando o mangá com o anime de Yu-Gi-Oh!

Yu-Gi-Oh! GX

Terminando Yu-Gi-Oh!, vi que meu primo já tinha os DVDs com episódios da série que a sucedeu, Yu-Gi-Oh! GX. Daí, em Julho de 2009, dei início a essa nova série, e admito que esse spin-off me conquistou bem mais que a série anterior.

Resumindo pra quem não conhece, Yu-Gi-Oh! GX se passa mais ou menos 10 anos após o fim da jornada de Yugi Muto, e agora temos Jaden Yuki (Judai Yuki no Japão), aluno da Academia de Duelos, instituição de ensino da Kaiba Corp que prepara duelistas para os duelos profissionais, ranqueando os alunos em grupos (e consequentemente uniformes e dormitórios) da forma mais Seto Kaiba possível: Obelisco Azul para os melhores alunos, Rá Amarelo para os alunos promissores, e Slifer Vermelho para os alunos com as piores notas, ao qual, obviamente Jaden se enquadrava. Fazendo amigos e rivais, ele lida com vários segredos e poderes ocultos, e enfrenta vários desafios enquanto tenta se tornar "o próximo Rei dos Jogos".

Yu-Gi-Oh! GX já não era exatamente uma série estranha pra mim, uma vez que sabia que ela estava sendo exibida pela TV Globo naquela mesma época (até peguei alguns episódios aleatórios em dias que não tive aula na escola), além de já conhecer o jogo "The Beginning Of Destiny" do Playstation 2, que meu primo também tinha e jogava.

Uma curiosidade é que, ainda em 2006, meu irmão teve contato com um card desses de camelô (na verdade, foi comprado em um mercado perto da minha escola, e custou R$ 0,50), onde esperava que saísse outra coisa, mas acabou saindo um card de Yu-Gi-Oh!, que por um acaso, tinha o logo do Yu-Gi-Oh! GX estampado na traseira. Não demos muito valor na época, mas pensando hoje, chama a atenção pela coincidência.

Assisti os primeiros 60 episódios relativamente rápido, já que o meu primo já tinha os DVDs com esses episódios a disposição. Os demais, no entanto, fomos assistindo a medida que meu primo ia conseguindo mais DVDs, e isso levou 1 ano, até que paramos no episódio 140, e meu primo deixou de encomendar mais DVDs.

A experiência de assistir dessa forma acabou sendo até interessante, porque ficava com a expectativa do que iria acontecer ao término do último episódio do disco. E o próprio anime foi melhorando nessa etapa (a primeira temporada funcionou na época, mas já tinha na época a consciência de que ela era inferior as outras), o que ajudou ainda mais a consolidar o meu gosto por Yu-Gi-Oh! GX.

Em meados de 2010, meu primo comprou um PSP, e nele ele coloca os jogos Tag Force 1 e 3, e a medida que íamos acompanhando, fomos tomando ainda mais gosto por Yu-Gi-Oh! GX.

Nessa mesma época, abriu uma lan house perto da minha casa, e nos finais de semana, ia procurando mais coisas na internet sobre Yu-Gi-Oh! GX, e assim tive contato com as músicas, e também a versão japonesa do anime.

Em 2010, ao voltar da escola, um hábito que já tinha era ligar a TV para assistir ao "TV Kids" na RedeTV!, que já o fazia desde a exibição de Pokémon em meados de 2008, conforme já comentei.

Eis que, em Outubro de 2010, assistindo normalmente ao "TV Kids", veio a surpresa: começou a passar justamente Yu-Gi-Oh! GX. O engraçado é que começou direto pela terceira temporada (fato bastante criticado na época), mas isso curiosamente não me incomodou, e passei a acompanhar os episódios, na esperança de poder conferir do 141 em diante.

E essa exibição foi interessante também para eu finalmente assistir ao episódio 122 dublado em PT-BR, já que no DVD do meu primo, esse episódio estava em Inglês e sem legendas (o mesmo já havia ocorrido com o episódio 92, que eu só fui assistir dublado anos depois, junto de outros episódios, como o 13 e o 90, que estavam com erro nos DVDs dele).

Na última semana de Dezembro de 2010, onde os últimos episódios da 3ª temporada seriam exibidos pela RedeTV!, fiquei na casa de uma parente minha em outra cidade, e daí não consegui acompanhar direito esses últimos episódios, mas principalmente o 155, o último dublado, que só pude assistir tempos depois.

Sabendo que não tinham mais episódios dublados, em 2011, já com um computador e conexão com a internet em casa, pude acompanhar os episódios restantes com legendas, e finalmente finalizar Yu-Gi-Oh! GX. 

Até hoje, lamento que esses últimos 25 episódios foram pulados pela 4Kids Entertainment nos Estados Unidos, prejudicando a continuidade da dublagem aqui no Brasil (e demais países que exibiram a versão dela, com exceção da Itália, que providenciou os episódios restantes direto do Japão, mesmo), já que a versão japonesa de Yu-Gi-Oh! GX nunca me agradou (anos depois, até reassisti os episódios da terceira temporada nessa versão com legendas e comparava com a versão dublada, mas meu gosto pela versão dublada permanecia, mesmo ela tendo todos os seus problemas e defeitos, sejam os oriundos do trabalho da 4Kids, e também dos erros da dublagem brasileira produzida pela Centauro).

Meu irmão escreveu mais a respeito da polêmica dos episódios finais de Yu-Gi-Oh! GX fora do Japão, e você pode entender mais clicando aqui.

Por fim, vale ressaltar que o mesmo VoxDub que dublou vários episódios da Temporada 0 de Yu-Gi-Oh! também fez uma dublagem dos episódios 179 e 180 do GX, cujo resultado ficou interessante. E também o Artur Alan produziu uma dublagem caseira de alguns episódios desta temporada, embora o resultado do projeto dele seja um pouco mais precário e menos interessante.

Yu-Gi-Oh! 5D's

Yu-Gi-Oh! 5D's eu já conhecia vagamente desde 2009, mas só fui acompanhar pra valer anos depois, sendo que só foi me chamar mais a atenção a partir do filme "Vínculos Além do Tempo", da qual comentarei quando chegar nos filmes da franquia.

Pra quem não conhece, Yu-Gi-Oh! 5D's se passa muitos anos depois da série anterior, e foca em Yusei Fudo, que tem uma rixa com Jack Atlas, mas tem que enfrentar o fato do seu rival estar em Neo Domino City, uma cidade próspera e desenvolvida, enquanto ele está em Satelite, que é o completo oposto (fruto de um desastre chamado Zero Reverse ocorrido quando ele ainda era bebê), enquanto ameaças e poderes ocultos tornarão sua jornada ainda mais desafiadora.

Em 2014, saíram os primeiros 13 episódios dublados de Yu-Gi-Oh! 5D's, e com dificuldade, consegui acesso a eles (com exceção do episódio 9, que veio com defeito já da empresa que lançou os DVDs). Uma pena que não deram continuidade na dublagem brasileira do anime, principalmente pela escalação dos dubladores ter ficado muito boa (com destaque para o próprio protagonista, feito brilhantemente pelo Felipe Zilse).

Anos depois, vendo que a situação do 5D's no Brasil não iria melhorar, resolvi que ia prosseguir com a versão ocidental de Yu-Gi-Oh! 5D's de qualquer forma, e descobri que o anime foi exibido em Portugal até o episódio 64. Daí, do 14 em diante, assisti na versão portuguesa, e embora o dialeto lusitano incomodasse um pouco (bem como as vozes e a interpretação), não tive maiores problemas para assistir ao anime dessa forma.

Assim como na Temporada 3 de Yu-Gi-Oh! GX, intercalava o episódio da versão japonesa com a versão ocidental daquele mesmo episódio, para fins de comparação.

Do 65 ao 136, não teve outro jeito: assisti com o áudio em Inglês, mesmo, sendo que providenciar as legendas foi uma complicação. Mas, no fim, acabou dando certo.

Do 111 ao 122, e do 137 em diante (além de um OVA lançado ainda na metade da Temporada 1), novamente tive que me contentar apenas com a versão japonesa, já que mais uma vez, a 4Kids Entertainment vacilou, e não providenciou a sua versão desses episódios (mais uma coisa que eu lamento até hoje).

Yu-Gi-Oh! ZEXAL

E, finalizando Yu-Gi-Oh! 5D's, tempos depois, dei início a Yu-Gi-Oh! ZEXAL.

Essa série foi a primeira que conheci praticamente na mesma época em que estreou no Japão, embora só dei mais atenção ao tema de abertura da Temporada 1 da versão japonesa na ocasião.

Basicamente Yu-Gi-Oh! ZEXAL foca em Yuma Tsukumo, que diferente dos protagonistas anteriores, é um duelista inexperiente, mas que com a ajuda do misterioso Astral, de seus amigos e rivais, vai vivendo aventuras e enfrentando vários desafios.

Diferente do 5D's, aqui eu dei um pouco mais de sorte, já que ZEXAL foi exibido de forma completa em Portugal, então a questão do idioma não seria um grande problema, embora o fato da versão portuguesa ter trocado as vozes do episódio 51 em diante me incomodou um pouco.

Assisti a todos os 146 episódios, mas confesso que ZEXAL foi mais difícil assistir, por ser uma série bem inferior as anteriores em diversos aspectos, a destacar os próprios personagens, que não me cativaram, bem como os próprios rumos da história.

Muitos dizem que na segunda fase a série melhora, mas pra mim, nem a segunda fase salvou. A primeira fase (que foi até o episódio 73) eu até acompanhei sem maiores queixas (uma vez que eu assistia já com as expectativas baixas), mas a segunda fase (chamada no Japão de Yu-Gi-Oh! ZEXAL II) foi a que mais me irritou, e no episódio 136, eu lembro da sensação de querer que acabasse logo, de tão chato e arrastado que estava.

Yu-Gi-Oh! ARC-V

Finalizando Yu-Gi-Oh! ZEXAL, passei para a série seguinte, Yu-Gi-Oh! ARC-V. Essa série também eu tive acesso aos episódios na versão portuguesa, mas apenas até o 99. Do 100 ao 148, tive que assistir com a dublagem em Inglês, mesmo (bastante lamentável os portugueses não terem finalizado a sua versão do anime).

Curiosamente, bem antes disso, eu cheguei a assistir ao primeiro episódio pouco depois da estreia no Japão, ainda em 2014.

Resumindo, Yu-Gi-Oh! ARC-V foca em Yuya Sakaki, que busca seguir a missão de seu pai de fazer as pessoas sorrirem, mas que ao lado de seus amigos e rivais, vai se meter em aventuras e desafios cada vez mais complicados.

Com o Yu-Gi-Oh! ARC-V, eu aproveitei que a série esteve disponível no catálogo brasileiro da Netflix no final da década passada (embora, infelizmente, sem uma dublagem no nosso idioma), e providenciei as legendas do 1 ao 99 para comparar com a versão portuguesa. Do 100 ao 148, eu achei as legendas em Inglês no Tubi TV (plataforma que eu já tinha utilizado para conseguir as legendas do Yu-Gi-Oh! 5D's) e traduzi utilizando uma plataforma de tradução de legendas. Desta vez, não quis acompanhar a versão japonesa junto. No máximo, conferia um ou outro episódio para tirar alguma dúvida referente a edição da versão ocidental, com a ajuda do meu irmão, que acompanhou a série semanalmente a medida que um novo episódio saia no Japão.

Muitos consideram Yu-Gi-Oh! ARC-V inferior ao Yu-Gi-Oh! ZEXAL, e embora reconheça que a série tenha diversos pontos fracos, ainda assim, essa série acabou funcionando melhor pra mim do que a anterior. Não cheguei a ficar satisfeito, mas o saldo ainda foi positivo.

Yu-Gi-Oh! VRAINS

Yu-Gi-Oh! VRAINS também acompanhei desde a sua estreia no Japão, embora só fui assistir pra valer quando ela chegou no Brasil com a Temporada 1 dublada, na Pluto TV, em Fevereiro de 2021.

Mas com a demora para as Temporadas 2 e 3 chegarem com dublagem brasileira (elas até foram disponibilizadas, mas só em 2024, e pra piorar, de forma bastante obscura, num serviço chamado Watch Brasil, ao qual só tem acesso quem contratou a assinatura de alguma provedora de internet regional), resolvi assisti-las em inglês mesmo, com as legendas retiradas da Tubi TV, no mesmo esquema de antes (e sempre olhando algum episódio na versão japonesa caso fosse necessário), terminando no final de 2023.

Pra quem não conhece, a série é centrada no Link VRAINS, cuja sigla explica mais ou menos do que se trata: Sistema Conectado de Realidade Virtual com Inteligência Artificial. Basicamente um mundo de simulação virtual bastante realista onde as pessoas, utilizando avatares, se encontravam para jogar Monstros de Duelo. Nesse mundo, Yusaku Fujiki tem contas a acertar com um grupo de criminosos conhecidos como "Cavaleiros de Hanói", e através de seu avatar "Playmaker", acaba rivalizando com Varis (Revolver, no Japão), e tendo contato com o AI, uma pequena criatura misteriosa com inteligência artificial, vai descobrir mais sobre aquele mundo e quem está por trás dele, tornando a sua jornada ainda mais intensa.

Embora essa série seja uma das que os fãs da franquia menos gostam por ter tido um desenvolvimento bastante conturbado, eu particularmente fiquei mais satisfeito com ela do que com ZEXAL e ARC-V, embora reconheça que as Temporadas 2 e 3 não foram fáceis de assistir.

Os filmes de Yu-Gi-Oh!

Lá por 2012, finalmente pude assistir ao filme Pirâmide de Luz, que já conhecia por ter sido exibido, anos antes, no SBT, sendo a última exibição no "Cinema em Casa", em 2010.

Basicamente o filme se passa após os eventos da Temporada 3 da série animada, e mostra Seto Kaiba sedento por uma revanche com Yugi, e na busca por uma forma de derrotá-lo, consegue uma carta chamada "Pirâmide de Luz", que vai acabar complicando as coisas, já que liberará os poderes de um item mágico com o mesmo nome, acordando o deus egípcio Anúbis.

O filme em si achei ok, nada demais, mas me chamou a atenção a quantidade de cenas relativamente pesadas, mesmo considerando que estava assistindo a versão ocidental do filme, já bastante editada.

Anos depois, descobri que a versão japonesa tinha 12 minutos a mais, e fiz por conta uma edição do áudio dublado na versão japonesa, onde descobri também que haviam cenas reordenadas, o que dificultou bastante o meu trabalho, mas acabou dando certo, e conferi mais recentemente com o meu irmão caçula, finalmente assistindo ao filme na íntegra.

1 ano antes, já havia conhecido o segundo filme, Vínculos Além do Tempo, que promovia o 10º aniversário dos animes da franquia até a ocasião. 
E porque falei dele no tópico de Yu-Gi-Oh! 5D's? Porque a história desse filme está diretamente relacionada com eventos da Temporada 2 do anime, embora não seja necessário assisti-la para entender o filme, uma vez que ele funciona sozinho (na prática, são os eventos do filme que farão sentido no anime). Só é interessante que a pessoa conheça as três séries para poder aproveitar melhor o filme.

Basicamente temos Paradox, que vive num futuro ainda mais distante que o do Yusei, e seu mundo está um caos. E ele culpa o jogo Monstros de Duelo por toda a situação. Logo, ele conclui que seu objetivo é viajar no tempo até a era do Yugi e eliminar o Maximillion Pegasus, responsável por criar o jogo. Seu caminho, porém, irá se cruzar com Jaden e Yusei, e ao lado do Yugi, duelarão pelo destino das três eras.

Esse eu assisti primeiramente na versão japonesa com legendas em PT-BR, um pouco no embalo da Temporada final de Yu-Gi-Oh! GX.

Mas no final de 2013, finalmente saiu a dublagem brasileira do filme (que já tinha sido realizada em meados do ano anterior), fato que fui acompanhando em sites especializados, mas como saiu apenas no catálogo da Vivo Play (que na época era ainda mais obscuro que atualmente), fiquei na expectativa por compartilharem a dublagem, o que aconteceu em 16 de dezembro, quando pude conferir como ficou a nossa versão. Lamento até hoje o Marcelo Campos não ter dublado o Yugi, além de outras decisões questionáveis tomadas pelo estúdio de dublagem responsável pela versão brasileira, a Lexx.

Vale mencionar ainda que a versão ocidental do filme vinha com um extra: 10 minutos adicionais resumindo as três primeiras séries da franquia. Esse material foi dublado, mas só fui ter acesso ao mesmo com dublagem brasileira lá por 2017, quando o filme apareceu na Netflix, e capturei esse material (antes disso, o mesmo Artur Alan, mencionado anteriormente, também fez a dublagem caseira desse material). Meu irmão o disponibilizou no artigo sobre a Temporada final de Yu-Gi-Oh! GX que comentei anteriormente, mas se não fosse a minha iniciativa, esse material continuaria esquecido, já que o filme nunca mais foi disponibilizado de forma oficial no Brasil depois de 2017.

Agora indo para 2016, saiu no Japão o filme O Lado Negro das Dimensões, que marca os 20 anos do mangá do Yu-Gi-Oh! clássico.
Esse filme se passa depois dos eventos finais do mangá, e mais uma vez mostra Seto Kaiba sedento por uma revanche contra o seu maior rival, ao mesmo tempo que temos Aigami, que vem para complicar as coisas, obrigando Yugi a ter que provar que conseguirá resolver tudo sem precisar do seu alter ego.

Bem antes de sair a versão japonesa com legendas, na época em que o filme ia ser lançado nos Estados Unidos, no começo de 2017, vazou a versão ocidental do filme, ao qual tive acesso e assisti com legendas em Português Brasileiro. A experiência foi interessante, mas como não sou o maior fã do Yu-Gi-Oh! clássico, acabou não sendo muito memorável, além de que o filme ficava um pouco arrastado da segunda metade pra frente. Tanto é que, mesmo depois da surpreendente disponibilização do filme com dublagem brasileira, no final de 2018, eu ainda não a conferi até hoje, bem como a versão japonesa com legendas.

Considerações Finais

Yu-Gi-Oh! certamente tem a sua contribuição na cultura pop mundial, e acompanhar essa franquia foi uma experiência interessante, apesar de reconhecer seus diversos pontos fracos e de concordar que a gestão da franquia poderia ter sido muito melhor, principalmente por parte dos responsáveis pela mesma fora do Japão.

Quanto ao card game, embora ache muito bacana, nunca me interessou muito, embora tenha colecionado as cartas, tendo inclusive algumas do OCG, que um colega de escola me deu, sendo que trouxe direto do Japão. Eu também cheguei a jogar alguns simuladores de duelo, como o YGOPro, mas como nunca me interessei por jogar de forma competitiva, não joguei por muito tempo. E mesmo o jogo mobile Yu-Gi-Oh! Duel Links, que fez bastante sucesso, também nunca me interessou.

Cheguei a ler os 7 primeiros volumes do mangá de Yu-Gi-Oh! (que foram os que a Toei Animation utilizou de base para produzir a Temporada 0), ao qual foi uma experiência bacana, e também o mangá de Yu-Gi-Oh! GX, que me agradou menos.

Atualmente a Konami está trabalhando com o Rush Duel, uma versão mais simplificada do card game idealizado pelo saudoso Kazuki Takahashi, e desse nova modalidade, saíram mais duas séries animadas: Yu-Gi-Oh! SEVENS e Yu-Gi-Oh! GO RUSH!!, e até assisti ao primeiro episódio de ambas as séries, mas como o público-alvo delas mudou, e elas tem uma vibe bastante diferente das séries anteriores que ainda creditavam o Kazuki Takahashi, decidi finalizar a minha jornada com os animes de Yu-Gi-Oh! no VRAINS, e hoje acompanho mais à distância os rumos da franquia, estando cada vez mais desanimado com o que vem pela frente, já que a gestão da franquia por parte da Konami vai de mal a pior, principalmente no ocidente, onde os animes são cada vez menos assistidos, e aqui no Brasil nem chegam direito.

Comente abaixo se você acompanhou ou ainda acompanha Yu-Gi-Oh!, e sua experiência com essa franquia.