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Minhas impressões sobre o Asus VivoBook S400CA e o Windows 8.1

Publicado em 22/07/2024


Hoje a linha VivoBook, da Asus, é uma das mais conhecidas do mercado, pelo custo-benefício, embora atualmente ela tenha mais características vistas em modelos de entrada, como o acabamento em plástico pouco resistente e as telas LED TN.

Mas lá atrás, com o lançamento do Windows 8, a linha VivoBook, embora ainda fosse de entrada, tinha características que mesmo nos dias de hoje é difícil de ver em modelos intermediários.

Eu tive a oportunidade de adquirir um modelo da fabricante taiwanesa, no final de 2014, e gostaria de comentar um pouco sobre ela: o VivoBook S400CA.

Eu o adquiri em uma unidade do Extra Hipermercado, e o que me ajudou a escolhê-lo era a oportunidade de poder apreciá-lo no mostruário, já que o Extra era uma das únicas lojas da minha cidade que expunha os notebooks ligados (as outras lojas como Casas Bahia e Magazine Luiza passaram a fazer o mesmo posteriormente).

E 1 ano antes de adquiri-lo, eu já o conhecia, bem como o seu principal chamariz: a tela sensível ao toque.

Depois de "namorá-lo" por mais de um ano, finalmente o adquiri, pagando, na época, R$ 1299 á vista, o que me pareceu um bom negócio.

A minha versão era o S400CA-BRA-CA214H, e tinha tela de 14 polegadas, 4 GB de RAM, 500 GB de HD SATA 5400rpm (que nunca precisei trocar, embora nos últimos meses que estive com ele, começou a dar sinais de "cansaço"; vale ressaltar que o HD já vinha com duas partições criadas de fábrica, iniciativa da própria Asus, e que na época, achei bastante útil), e vinha com o processador Intel Core i3-2375M, que na época, já não era o mais atual, valendo destacar que a Asus vendia também outras opções com Intel Core i5-3317U, bem mais interessante, mas que eu não conhecia na ocasião, já que não tinha o hábito de consultar as lojas online na época. Mas já tinha em mente que tinha que ter processador Intel Core i3 e 4 GB de RAM, pelo menos, já que na época eu tinha um PC com Intel Pentium e 2 GB de RAM (comentarei sobre ele em outro post), que juntos não rendiam muito, e já sabia que Intel Atom e Intel Celeron estavam fora de cogitação.

Outro destaque dele era o seu acabamento, em metal, tanto na tampa quando na base do teclado. A única observação era que riscava com alguma facilidade, mas até que consegui preservá-lo bem.

O teclado dele era bem interessante, já que não sujava com facilidade. Tanto é que nunca apresentou nenhuma mancha, e as teclas permaneceram praticamente intactas visualmente. Outra coisa que gostava no teclado e que hoje é difícil de ver em notebooks não-gamer, eram as teclas de seta com o mesmo tamanho das demais. Mas, como era de se esperar, algumas teclas acabaram se desgastando com o tempo devido ao uso, como era o caso do Ctrl esquerdo e do número 6. 

Eu o utilizei praticamente sempre com o Windows 8.1, e tinha uma experiência interessante até meados de 2019, quando os 4 GB de RAM passaram a ser um problema. Daí, em meados de 2021, acrescentei mais 2 GB, totalizando 6 GB, sendo que descobri que os 4 GB de RAM eram soldados na placa-mãe, coisa que eu nem fazia ideia, e que hoje é um ponto que me incomoda bastante nos notebooks que estão no mercado, tanto da Asus quanto da Lenovo e alguns da Acer.

Mas ainda nos primeiros 6 meses, tive um pequeno problema com ele, e justamente na tela, que simplesmente começava a aparecer umas manchas transparentes, que depois entendi que eram uma das camadas da tela descolando, e consequentemente, a mancha era, na verdade, bolha de ar. A principio, com os dedos, assim como se faz em películas de vidro para smartphones e tablets, eu ia fazendo a bolha sumir, e por algumas semanas, até tinha sucesso, mas em meados de Maio de 2015, chegou num ponto que a mancha não saia mais.

Daí, acionei o suporte da Asus, e de forma bastante tranquila, a ordem de reparo foi emitida, postei o notebook na agência dos Correios para ser enviado para Jundiaí-SP, e em 1 semana, o mesmo já estava de volta, com a tela perfeita. E, de lá pra cá, nunca mais deu problema. Só não digo que estava 100% perfeita, porque se notava uma pequena mancha branca redonda bem na parte inferior da tela, que não faço ideia de como apareceu. Só que no dia a dia, não me incomodava.

Embora a experiência com o notebook foi, na maior parte do tempo, positiva, alguns pontos me incomodavam:
  • A tela, embora com boa tonalidade de cores e com uma sensibilidade ao toque que nunca me deixou na mão (embora utilizasse o recurso muito pouco, mais para apresentações de slides do Microsoft PowerPoint), era bastante reflexiva. E o fato de ser LED TN também não ajudava, já que, como se pode imaginar, afetava os ângulos de visão quando eu olhava para o notebook levemente inclinado. O fato da inclinação da tela também ser, no máximo, 120° também não me agradava, mas era difícil ter, na época, notebooks que passassem disso, então não me causava maiores aborrecimentos.
  • A webcam, nas vezes que precisei utilizar, me atendeu sem maiores problemas, mas é preciso dizer que não era lá aquela coisa, devido a resolução VGA.
  • A ausência do leitor de CD/DVD, embora não me fosse tão útil, chegou a me fazer falta algumas vezes;
  • Senti falta do suporte ao Bluetooth, e a sua ausência me impediu de ter o recurso de "Vídeo sem fio", recurso que gostaria de ter utilizado em diversas ocasiões;
  • O Wi-Fi dele funcionava bem na maioria das vezes, mas percebi que o adaptador Wi-Fi que vinha com o notebook não era lá aquela coisa, já que tinha dificuldades para me conectar a alguns pontos de acesso, mesmo que no smartphone conseguisse acessá-los sem maiores problemas. A mensagem "Não foi possível conectar a esse rede" aparecia com mais frequência do que eu gostaria.
  • O leitor de cartão SD nunca funcionou de primeira comigo, e era sempre bem complicado fazer um cartão de memória ser reconhecido pelo notebook, mas no final, acabava dando certo. 
  • Com o tempo, um dos USB 2.0 do lado esquerdo passava a falhar ao ler o mouse ou pen drives. Tinha que plugá-los com certo jeito para serem reconhecidos;
    Sobre o Windows 8.1, a experiência de uso foi bastante boa, e muitas das queixas que a maioria das pessoas tinham com ele não me afetavam. 
    • Gostava bastante da Tela Iniciar;
    • Gostava dos aplicativos MSN da Windows Store (sinto falta das live tiles do MSN Clima e do MSN Esportes, e gostava do aplicativo MSN Notícias);
    • Me divertia bastante com o Minion Rush, e gostava dos jogos da Microsoft, como o Microsoft Solitaire Collection e o Shuffle Party;
    • O Windows Search do Windows 8.1 funcionava bem, e gostava de utilizar o atalho Windows + S para acessá-lo quando estava na Área de Trabalho;
    • Gostava do tema padrão da Área de Trabalho, e principalmente do título da janela centralizado;
    • A barra charm, embora não fosse tão útil, tinha uma interface interessante, principalmente para o acesso a redes Wi-Fi e as opções de projeção.
    • O aplicativo de Fotos era bem mais interessante que o Galeria de Fotos do já descontinuado Windows Essentials.
    Mas eu tinha outras queixas relacionadas ao Windows 8.1:
    • Embora gostasse do Windows Defender (que passou a fazer as funções do Microsoft Security Essentials), me incomodava não ter o ícone do antivírus sempre em exibição na barra de tarefas, bem como a opção de verificar os arquivos utilizando ele no menu de contexto. Tive que fazer alterações por conta própria no regedit para poder ter essas opções, mas não ficava 100%;
    • Eu queria utilizar o OneDrive para sincronizar meus arquivos, mas o problema era que a versão para a Área de Trabalho simplesmente não era suportada ao usar uma Conta da Microsoft Pessoal (só empresarial ou de estudante), e a versão Modern que vinha pré-instalada, além de não poder ser desinstalada, só funcionava se eu vinculasse a Conta da Microsoft nas Configurações, que estava fora de cogitação. Foi a única coisa que realmente não consegui usar de jeito nenhum no Windows 8.1.
    • Os apps XBOX Music e XBOX Video eram muito inferiores ao Windows Media Player. 
    • As notificações push do Windows 8.1, embora gostasse bastante, foram mal implementadas, já que as clássicas notificações dos balões anda eram prioridade, e pela falta de um histórico de notificações. Me chateava bastante perder as notificações push do MSN Notícias, porque depois que a notificação era enviada, eu nunca mais tinha acesso a ela. O único programa que parecia conversar bem com as duas formas de notificações era o Malwarebytes Anti-Malware.
    • A Windows Store, embora tenha melhorado em relação ao Windows 8, ainda era bem ruinzinha. Baixar ou atualizar aplicativos era bem chato, já que o sistema de download era bem pouco confiável. Normalmente, no download, ele já pulava para os 78% e ficava, Eu tinha que pausar o download e depois prosseguir para ele mostrar o status correto do download. O engraçado é que o status de download ia justamente até os 78%, enquanto os 22% restantes eram para a instalação do app. E o catálogo de apps nunca foi lá aquela coisa. Lembro da dificuldade que era para encontrar jogos casuais interessante ou um bom leitor de RSS Feed. Fora que muitos apps interessantes de outras plataformas ficaram pouco tempo na loja, e outros eu só tinha acesso se mudasse a região do sistema para os Estados Unidos.
    • Ainda sobre os apps, me chateou a Microsoft ter descontinuado precocemente os seus próprios apps MSN (ainda em meados de 2019, sendo que o ciclo de vida do Windows 8.1 ainda duraria mais 4 anos). Primeiro com o MSN Esportes, onde não achei nenhum substituto a altura, e do qual eu gostava muito da live tile que mostrava o placar dos jogos dos meus times favoritos (coisa que até o widget de Esportes no Windows 11 ainda peca atualmente), depois o MSN Clima (do qual eu gostava tanto da live tile quanto do status na tela de bloqueio, muito melhor do que o que ela viria a fazer no Windows 10 e Windows 11, além de que tive dificuldade em encontrar um bom substituto, tendo que utilizar o eltiempo.es para a live tile e o Foreca para o status na tela de bloqueio, ambos precários em relação ao MSN Clima), e por fim, o MSN Dinheiro e o MSN Notícias, que pouco a pouco, foram perdendo os recursos, até ficarem inutilizáveis, além de também não terem bons substitutos.
    • Ainda sobre o MSN Dinheiro do Windows 8.1, ele me incomodava pela dificuldade em criar live tile de cotação de moedas. Como você vai ver na captura de tela abaixo, eu tive que baixar o app XECurrency para fazer esse papel, sendo que esse parou de ser atualizado em Outubro de 2019.
    • Eu curtia o app de Email que vinha com o Windows 8.1, e acho que as versões que vieram com o Windows 10 e o Windows 11 são inferiores em experiência de uso e design. Mas me incomodava que o app de Email era integrado ao app de Calendário e Pessoas (na verdade, ambos eram um app só), e quando deixei de utilizar o app, consequentemente não podia utilizar o app de Calendário. Resultado: tive que baixar o app OneCalendar para ter só a live tile da minha agenda. Esse é um problema que não foi resolvido nas versões seguintes do Windows, mas ficou mais contornável, isto é, não exigia a instalação de apps para terceiros;
    • Por fim, ainda sobre os aplicativos da Windows Store, destaco a dificuldade em realizar o sideloading dos mesmos. Por padrão, você simplesmente não consegue, porque o sistema sequer tem suporte para isso (ainda não existia o app Instalador de Aplicativos, e oficialmente só era possível fazer esse procedimento via Visual Studio), e não havia uma forma prática para habilitar o Modo de Desenvolvedor e fazer esse procedimento (tive que usar um tutorial de uma versão Preview do Windows 8, que exigia comando do Windows PowerShell, e era um procedimento que eu tinha que refazer periodicamente, porque a licença de desenvolvedor era temporária, e o sideloading servia mais para reinstalar apps que eu já tinha instalado em algum momento, e para fazer esse backup, primeiro eu tinha que mudar a permissão da pasta WindowsApps na pasta AppData/Local para poder acessá-la, e depois utilizar um aplicativo que, via CMD, faria esse backup, pra depois eu fazer a instalação. Fora que isso gerou um problema sério, que era de que muitos apps para Windows 8.1 simplesmente não se encontravam para download fora da Windows Store, e se perderam junto com a remoção dos mesmos da loja (um exemplo era o Dicionário Aurélio, que era um app pago - custava R$ 50, deixou o catálogo, e hoje é um app extinto).
    Essa captura de tela acima eu resgatei de uma postagem que eu fiz no Facebook sobre um dos bugs que o app MSN Notícias enfrentou, em 2019, com a notificação push, que simplesmente não mostrava nenhum conteúdo. Mas serve para vocês terem uma ideia de como eu organizava os apps na Tela Iniciar. Os demais grupos de aplicativos que eu tinha e não aparecem na imagem eram o do Adobe CS6 e do Microsoft Office, valendo destacar que no Windows 8.1, os apps da Área de Trabalho ganhavam tiles de acordo com a cor do ícone, como você pode perceber no ícone do jogo YGOPro, que era da Área de Trabalho, e achei uma pena a Microsoft ter revertido isso já com o Windows 10 1507 (que voltou a uniformizar a cor de destaque setada nas Configurações, como era no Windows 8).

    Enfim, voltando ao notebook.

    Nunca precisei fazer uma instalação limpa do Windows, mas de 2014 até 2016, fiz algumas restaurações de fábrica devido a algumas configurações erradas que fiz no sistema. Depois de 2016, não fiz mais nenhuma intervenção, até meados de 2022, quando precisei fazer um upgrade da imagem utilizando a ISO oficial do Windows 8.1 para corrigir alguns problemas de desempenho.

    Ele seguiu funcionando sem maiores problemas até meados de 2022, quando tive um problema com um dos parafusos dele, que não fixava devido a dano na peça, e ocasionou um problema na dobradiça direita. Levei em um técnico para realizar a fixação da dobradiça com silicone e o reparo da rosca do parafuso. A parte da dobradiça resolveu, mas deixou uma sequela grave, que era no flat da tela, que estava danificado, ocasionando distorções na imagem quando abria ou fechava o notebook. Daí decidi que era hora de me despedir dele.

    Coloquei o Windows 10, o deixei configurado, e o vendi, em Maio de 2023, encerrando a minha jornada de mais de 8 anos com um notebook da Asus e com o Windows 8.1.

    Importante ressaltar que o carregador original de 42W dele ainda está comigo, deixando com o meu irmão, que também tem um notebook da Asus, o Z450LA.

    Deixe nos comentários o que você achou, e comente se você teve algum notebook com Windows 8.1 ou algum notebook mais antigo da Asus.

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